O Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins (SEET) oficializou o secretário de Estado da Saúde, Marcos Esner Musafir, nesta última segunda-feira, 22, com relação ao restabelecimento da alimentação adequada para os profissionais de enfermagem.
O documento foi protocolado após denúncias e relatos de profissionais da enfermagem que laboram nos hospitais da rede pública acerca da ocorrência da situação onde, segundo relatam, a alimentação é inadequada, algumas vezes servindo apenas feijão com farinha. O sindicato informa que, além de diversas ligações, recebeu diversas fotos que atestam a falta de qualidade e quantidade da alimentação que vem sendo servida aos pacientes, acompanhantes e profissionais.
O documento reitera ainda, o dever do Estado em oferecer Segurança Alimentar e Nutricional, que, por definição, segundo o sindicato, compreende a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, não podendo ser negligenciado aos seus profissionais e tutelados.
Para o presidente do Seet a situação é recorrente, “não é a primeira vez que isto acontece, já denunciamos estes descasos até no Ministério Público na tentativa de que este e outros problemas sejam solucionados, pois os profissionais não aguentam mais ter que lidar diariamente com a falta de insumos e condições básicas de trabalho”, desabafou Claudean Pereira Lima.
Além de cobrar do secretário de Saúde o restabelecimento da alimentação, o Presidente do Seet reiterou o pedido de reunião para dar andamento às negociações das reivindicações do movimento grevista, que entre as pautas está o problema na alimentação servida nos hospitais, pois, segundo Claudean Pereira, a entidade aguarda o retorno desta agenda desde o dia 11 de março.
Sesau
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que a empresa responsável pelo fornecimento da alimentação nas unidades hospitalares, a Litucera Ltda, já recebeu mais de R$ 15,9 milhões este ano. Destes, segundo a Sesau, R$ 2,5 milhões foram pagos na última sexta-feira, 18/03.
A Sesau informou ainda que o contrato da empresa está sendo revisto e que já solicitou que retome o fornecimento regular da alimentação, "imediatamente", enfatizou a Secretaria.