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Polí­tica

Damaso informou que vai encaminhar ofício ao secretário de Segurança Pública

Damaso informou que vai encaminhar ofício ao secretário de Segurança Pública Foto: Clayton Crystus

Foto: Clayton Crystus Damaso informou que vai encaminhar ofício ao secretário de Segurança Pública Damaso informou que vai encaminhar ofício ao secretário de Segurança Pública

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Osires Damaso (PSC), subiu à tribuna da Casa, na sessão desta terça-feira, 7 de junho, para defender o ex-prefeito de Divinópolis, João Soares da Mata, conhecido por "João Mineiro", preso na segunda-feira, 6, pela Polícia Civil, acusado de usar máquina da Prefeitura do município para realizar serviços em sua propriedade. "Assistimos estarrecidos uma situação absurda e inusitada, onde um produtor rural que recebia um serviço realizado pela Prefeitura daquela cidade foi preso e tratado como bandido por um delegado (Cassiano Ribeiro Oyama) de polícia da cidade", afirmou. 

Para o deputado, o ex-prefeito é uma "pessoa digna, honesta, honrada que durante toda a sua vida viveu como produtor rural", defendeu. Osires Damaso não poupou críticas ao delegado. Para o parlamentar, o delegado agiu de maneira arbitrária em busca de holofotes. "O delegado de polícia, além de prender João Mineiro de maneira arbitrária, covarde, fez espetáculo da prisão o tratando como ex-prefeito e dando conotação política ao fato, buscando assim os holofotes da mídia", disse. 

Damaso foi além nas críticas e disse que o delegado Cassiano Oyama não exerceu a função de delegado mas de carrasco. "Neste caso visto que não exerceu a função de delegado mas sim quis revestir da função de policial, promotor, juiz e carrasco e não se contentando em cometer os abusos ainda os faz sempre sobre os holofotes da mídia, buscando promoção pessoal denegrindo a imagem de pessoas honradas como a de João Mineiro", frisou. Para Damaso, o delegado de polícia foi arbitrário e desrespeitoso no trato com as pessoas, "grosseiro com os cidadãos, que faz questão de andar pelas ruas ostentando armas para impor medo e não para a segurança da população", disse. 

Osires Damaso informou que irá encaminhar ofício ao secretário de Segurança Pública do Estado, César Simoni, para instauração de procedimentos no sentido de apurar o que chamou de abusos praticados pelo delegado. "Esse delegado precisa ser corrigido para que possa trabalhar dentro da legalidade", disse. 

Outros deputados também manifestaram-se. Amélio Cayres (SD) disse que João Mineiro foi prefeito de Divinópolis por muitos anos e a atitude do delegado foi um abuso. "Quer dizer que as máquinas podem ir na propriedade, nas estradas de qualquer cidadão, menos de um ex-prefeito? Isso é uma injustiça, é um abuso de autoridade. O cidadão não pode ser condenado porque foi ex-prefeito", disse. 

Vilmar de Oliveira (SD) disse ter recebido a notícia com tristeza e manifestou indignação. "Acho que quem deveria ser preso era o prefeito e não o cidadão que foi beneficiado. O prefeito é que manda as máquinas lá para ele. Ele é um cidadão que produz, trabalha e essas máquinas não foi lá exclusivo na propriedade dele", afirmou. 

O deputado Nilton Franco (PMDB) lembrou que João Mineiro foi o primeiro prefeito de Divinópolis e não havia contra o gestor uma passagem ou ocorrência policial. "E hoje aos 72 anos foi preso, está atrás das grades por um delegado arbitrário, corrupto", frisou. O deputado não economizou nas críticas ao delegado, chegando a chamá-lo de corrupto e que quer aparecer à frente das mídias", afirmou. 

A deputada Valderez Castelo Branco (PP) também comentou e também considerou a prisão do ex-prefeito, um absurdo. "Quando você registra a sua candidatura de prefeito, você não quer dizer que você é rico. Você é um cidadão comum, um eleitor que está dando oportunidade de ajudar a administrar uma cidade. Isso não quer dizer que ele não possa ser servido", afirmou. 

Damaso ainda disse que, se a Prefeitura de Divinópolis tem as máquinas, é para trabalhar nas estradas vicinais. "O cidadão trabalha, paga imposto e a hora que ele vai arrumar 300 metros, 600 metros da sua estrada, ele tem que contratar uma empresa para poder fazer isso? Para quê que serve o poder público se não é para servir a população?!", concluiu. 

Secretaria de Segurança Pública

A Delegacia Geral de Polícia Civil (DGPC) por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP/TO) esclareceu que o auto de prisão em flagrante do ex-gestor de Divinópolis, após manifestação do Ministério Público (MP), “uma vez obedecido todos os preceitos legais”, foi homologado pelo Juízo da Comarca de Paraíso do Tocantins. (Atualizada às 09h56min de 08/06/16)