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Polí­tica

Foto: Divulgação

O vereador Júnior Geo (Pros) entregou ao delegado de Polícia de Porto Nacional, Hudson Guimarães Leite, na manhã desta segunda-feira, 27, cópias de dois projetos de Lei encaminhados pelo prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), a Câmara de Palmas, que tratam da instalação de postos de combustíveis na Capital. O delegado Hudson é o responsável por investigar o caso do empresário assassinado, do setor de postos de combustíveis, Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes (Vencim Leobas).

Júnior Geo informou ao Conexão Tocantins que um dos projetos revoga três parágrafos de projeto anterior que trata da instalação de postos e o segundo PL, dá autonomia ao prefeito Amastha para transformar áreas públicas, inclusive em quadras residenciais, em áreas de postos de combustível. Segundo o vereador, o prefeito de Palmas diz que os projetos são no intuito incentivar a livre concorrência, mas, na prática, o gestor “pode autorizar a criação de áreas de postos de combustível em qualquer lugar de Palmas, inclusive no interior de quadras residenciais sem a necessidade de passar pela Câmara Municipal”, afirmou.

Para o Júnior Geo, o prefeito de Palmas está apenas criando poder de negociação. "Acho que o prefeito está com isso apenas criando poder negociação porque é muito fácil, imagine, você sendo prefeito e chega diante de empresários e dizer que pode transformar lote residencial em área de posto. Um lote residencial no valor de R$ 200 mil passa ao valor de R$ 2 milhões, apenas com a canetada do prefeito”, criticou Júnior Geo.

Os PLs estão nas comissões da Câmara e não tem previsão para serem votados. Os vereadores da base do prefeito boicotam as votações na Câmara, há algum tempo.

Caso Wenceslau Leobas

A regulamentação de  postos de combustíveis em Palmas passou a ter notoriedade a partir do assassinato do empresário Vencim Leobas. O empresário foi atingido por um tiro na região do pescoço na manhã do dia 28 de janeiro de 2016, ao sair de sua casa, localizada no centro de Porto Nacional. Ele foi submetido a tratamento médico em Palmas, mas faleceu dias depois, em 14 de fevereiro, em decorrência dos ferimentos.

O Ministério Público Estadual denunciou o empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, de ser o mandante do crime.  Segundo o MPE, o crime teria sido motivado por interesses financeiros, já que Wenceslau Leobas estava instalando um posto de combustíveis em Palmas, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, entre os quais está Eduardo Pereira.

O prefeito de Palmas está sendo criticado por vereadores e outros, de ter dificultado a instalação do posto de combustível de Vencim Leobas, em Palmas. O gestor teria, segundo Milton Neris (PP), foi um dos que subiu na tribuna da Câmara para criticar o gestor. O vereador Júnior Geo acusou o gestor de representar pequeno grupo. (Saiba mais)