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Estado

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) enviou nesta quarta-feira (9) um ofício ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, no qual pede urgência para viabilizar exportações de carne bovina do Tocantins para a União Europeia. O bloco espera do Brasil o envio de um plano de ações para controle sanitário da produção de carne no estado, cujo prazo expira na quinta-feira (10).

Uma missão de inspeção da União Europeia visitou o Tocantins de 20 de maio a 2 de junho – após, portanto, a senadora ter deixado o Ministério da Agricultura – para avaliar as condições sanitárias da produção de carne bovina in natura destinada à exportação para o bloco.

Os europeus estiveram na Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), visitaram duas propriedades rurais e um frigorífico. As condições sanitárias das propriedades estavam dentro do padrão exigido pela União Europeia, porém inconformidades foram encontradas no frigorífico. Vale destacar que o foco original da missão não contemplava inspeção a frigoríficos.

Devido a esse episódio isolado, o Tocantins corre risco de não entrar na lista de estados brasileiros autorizados a exportar carne bovina para o bloco, status que pleiteia há quase vinte anos. Hoje, o Tocantins tem rebanho de 8,5 milhões de bovinos e bubalinos e caminha para conquistar, em 2020, título de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Para evitar esse prejuízo, cabe ao Ministério da Agricultura enviar um plano de ação à União Europeia detalhando as medidas que serão adotadas para corrigir as deficiências. O prazo para envio do documento termina na quinta-feira (10), por isso a senadora pediu urgência à pasta.

“Há 19 anos o Estado do Tocantins foi considerado livre da febre aftosa com vacinação e, desde então, investimos muito em campanhas, compra de vacinas e mobilização de técnicos para fiscalizar e acompanhar as inúmeras propriedades rurais do Estado”, explicou Kátia Abreu. “Todo o esforço e trabalho feito pelo estado não pode ser comprometido por um episódio localizado, que não corresponde à realidade do estado. Por isso peço agilidade por parte do ministério”, completou.