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Psicóloga alerta que queda no rendimento escolar é sintoma comum em crianças que sofrem violência

Psicóloga alerta que queda no rendimento escolar é sintoma comum em crianças que sofrem violência Foto: Valdo França

Foto: Valdo França Psicóloga alerta que queda no rendimento escolar é sintoma comum em crianças que sofrem violência Psicóloga alerta que queda no rendimento escolar é sintoma comum em crianças que sofrem violência

Despertar e qualificar a equipe multidisciplinar da unidade de saúde em que a criança vítima de violência e sua família busquem apoio e também alertar a sociedade para os sinais que uma criança pode apresentar quando está sofrendo algum tipo de violência serão os principais temas discutidos pelo Serviço de Atenção Especializada à Criança em Situação de Violência (Savi), do Hospital Infantil de Palmas (HIP) durante o III Fórum Estadual de Violência Sexual, que acontece nos dias 23, 24 e 25 deste mês, no auditório do Palácio Araguaia, na Capital,a partir das 8 horas.  

Segundo a coordenadora do Savi, Rosivânia Tosta, o momento mais impactante do evento será o lançamento da portaria das Secretarias de Estado da Saúde e Segurança Pública que vai trazer orientações para a organização e integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e pelos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à humanização do atendimento, registro de informações, coleta de vestígios e fluxograma de atendimento. “Isso é um grande benefício para as vítimas, pela celeridade que dará aos processos de atendimento, bem como a medicação precisa a ser administrada a partir da constatação médica especializada que vai avaliar de imediato se houve ou não a conjugação carnal, por exemplo”, destacou.

Rosivânia destacou ainda que a troca de experiências entre os serviços de atenção especializada contribuirá para uma melhoria no atendimento em rede. “A importância da articulação da rede de cuidado e proteção na efetivação da atenção integral e o fluxo de atendimento às pessoas em situação de violência sexual são primordiais para um bom trabalho no sentido de tratar os violentados e ainda evitar que estes se tornem potenciais agressores no futuro, pois isso é um dos impactos da violência na infância e adolescência”, afirmou.

Diante dos temas relevantes, a coordenadora reforçou o convite à população. “Os profissionais sempre são, de certa forma, convocados para este tipo de evento, mas a participação da sociedade é de suma importância, pois ela pode ser multiplicadora e agente no combate, tratamento e prevenção de casos de violência”, enfatizou.

Somente em 2016 o Savi já realizou mais de 300 atendimentos, entre novos casos e retorno. “Somos um serviço novo que a sociedade pouco conhece, mas temos dado nossa contribuição, principalmente com tratamentos sem data para terminar. Quantas vezes a vítima ou a família precisem estamos à disposição. O Savi funciona 24 horas com ética, sigilo, escuta qualificada e encaminhamentos pontuais para rede integrada de forma adequada a cada caso. A população deve saber que aqui existe uma porta aberta”, destacou.

Sintomas recorrentes

Segundo a psicóloga do Savi, Gabriela Fernandes Maximiano, os sintomas mais recorrentes apresentados por crianças que sofrem algum tipo de violência  são: “queda no rendimento escolar; agressividade ou afloramento do lado sexual da criança durante as brincadeiras com os coleguinhas; medo exagerado de ficar sozinha ou do escuro e dificuldade de confiar em homens, quando este é o perfil do agressor. Portanto, a família, os vizinhos e a escola devem estar atentos para isso, pois em muitos casos é a forma que a criança tem de extrapolar os sentimentos”, destacou.

O Savi

Especificamente para crianças de 0 a 11 anos, 11 meses e 29 dias que sofrem ou já sofreram algum tipo de violência, o Savi funciona no Hospital Infantil com equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e farmacêuticos capacitados para atender às crianças em variadas situações, seja de violência, física, psicológica, sexual e/ou negligência/maus tratos. 

Fórum

Os interessados em participar do fórum podem acessar o endereço abaixo e preencher o formulário de inscrição. http://sistemas.saude.to.gov.br/inscricao/index.php?insc=ZXZlbnRvPWRldGFsaGFyX2V2ZW50byZpZF9ldmVudG89MTYw.

O evento é uma realização do Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (Savis) do Hospital e Maternidade Dona Regina, do Serviço de Atenção Especializada à Criança em Situação de Violência (Savi) do Hospital Infantil de Palmas, Superintendências de Vigilância e Políticas de Atenção em parceria com o Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Secretaria de Segurança Pública e apoio da rede de atendimento.