A posse da nova diretoria da Assembleia Legislativa do Tocantins, realizada nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, marca o início de uma nova legislatura, com a composição de novos blocos parlamentares e indicações para as comissões internas no Parlamento. Pelo regimento da Casa de Leis, os deputados têm um prazo de cinco dias para formalizarem estas composições.
Nos bastidores, discute-se como se dará a relação entre os parlamentares e o Executivo estadual, tendo em vista que se trata de uma nova Mesa Diretora. Agentes políticos ligados ao Governo ouvidos pelo site se mostram otimistas quanto à boa relação e avaliam, inclusive, que a postura de Mauro Carlesse (PHS), empossado presidente da Casa pelos próximos dois anos, poderá ser similar a do ex-presidente, Osires Damaso (PSC) - que foi eleito para o cargo como oposição, mas acabou se aproximando do Governo. Se não é considerado aliado, Carlesse também não entra na lista dos opositores, na visão dos governistas.
Para esta nova legislatura, a gestão de Marcelo Miranda deve, continuar contando com maioria na sua base. Pelos cálculos, estaria hoje composta por 14 parlamentares: Amália Santana (PT), Amélio Cayres (SD), Cleiton Cardoso (PSL), Elenil da Penha (PMDB), Jorge Frederico (PSC), José Bonifácio (PR), Júnior Evangelista (PSC), Nilton Franco (PMDB), Osires Damaso, Paulo Mourão (PT), Rocha Miranda (PMDB), Valdemar Júnior (PMDB), Vilmar de Oliveira (SD) e Valderez Castelo Branco (PP), líder do Governo.
Alguns deputados entrariam numa posição indefinida quanto à relação com o Executivo, uma espécie de grupo “independente”, não formalizado. São eles: Eli Borges (Pros), Ricardo Ayres (PSB) – cuja vaga no Parlamento será assumida por Alan Barbiero (PSB) enquanto Ayres passa a ocupar cargo na gestão municipal de Palmas -, Toinho Andrade (PSD) e o próprio presidente empossado, Mauro Carlesse. “Não temos oposição na Casa. Divergimos em algumas matérias, mas nosso trabalho é voltado para defender os interesses da população”, disse o novo presidente.
Na oposição, ficariam os deputados Eduardo do Dertins (PPS), Eduardo Siqueira Campos (DEM), Luana Ribeiro (PDT), Olyntho Neto (PSDB), Wanderley Barbosa (SD) e José Roberto Forzani (PT). Ao site, o parlamentar petista afirmou que oficialmente seu partido compõe a base aliada ao governo, mas que em breve a legenda deverá se reunir para definir como se comportará a partir de agora, tendo em vista não só as relações regionais, mas o conflito decorrente do rompimento entre PT e PMDB em nível nacional.
Ainda segundo Forzani, com o fim do recesso, os deputados devem começar agora a discutir como vão efetivamente se posicionar, para que haja a formalização dos bloco.
Sessão ordinária
Após a sessão solene de posse, Mauro Carlesse convocou a primeira sessão ordinária do ano, que será realizada logo mais, às 15 horas, quando deve ser lida a mensagem do Governo do Estado ao Parlamento.