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Saúde

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por intermédio do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (NUSA) e 30ª Defensoria Pública da Saúde, realizou vistoria no Hospital Geral de Palmas. A vistoria fora realizada pelo defensor público Arthur Luiz Pádua Marques no último dia 22 de fevereiro, e detectou graves problemas no pronto-socorro, oncologia e hemodinâmica, que foi apresentado em relatório para ser juntado na Ação Civil Pública já protocolada contra o Governo do Estado.

No pronto-socorro, além da falta de materiais e insumos já relatados, não estão sendo disponibilizados centros cirúrgicos para realização das cirurgias, gerando filas e acumulando cirurgias, inclusive as de urgência, que deveriam ser feitas no dia. No centro cirúrgico do pronto-socorro falta aparelho denominado “carrinho” de anestesia para realizar os procedimentos cirúrgicos, a unidade conta com 04 aparelhos estragados que, segundo a fabricante, não tem conserto. Das 6 salas de cirurgias disponíveis, 2 estão paradas pela falta deste equipamento.

No setor de Oncologia, segundo a Defensoria Pública, faltam vários medicamentos, o que prejudicam o tratamento dos pacientes, haja vista que sem os fármacos não é possível realizar as quimioterapias. 

Já o setor da Hemodinâmica, onde são realizados os procedimentos cardiovasculares, há irregularidades detectadas ainda no ano passado que não foram solucionadas, como a falta de materiais urgentes e necessários para a realização dos procedimentos, como balão intra-aórtico, agulha para punção angiográfica, campo plástico estéril, equipo para contraste, seringa, extensor de bomba, aparelho para tricotomia, dentre outros. Além disso, há materiais em baixo estoque como cateteres angiográficos, transdutores de pressão invasiva e amiodarona. 

O relatório aponta que estas são solicitações antigas do setor, e mesmo com decisão judicial determinando a regularização dos procedimentos e o abastecimento dos materiais e insumos necessários, os pacientes continuam aguardando pelos procedimentos pela falta de materiais e insumos. Atualmente 75 pacientes em situação grave aguardam em fila ambulatorial para realização dos procedimentos. Os serviços de dosimetria, por exemplo, estão suspensos por falta de pagamento das notas fiscais de três meses acumulados.