A Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) passa a funcionar com a Superintendência de Ações sobre Drogas. Até então, fazia parte de sua estrutura apenas a Gerência de Prevenção sobre Drogas, vinculada à Diretoria de Direitos Humanos. Na nova estrutura, além da superintendência, foi criada a Diretoria de Ações de Prevenção, Tratamento e Reinserção Social e a Gerência de Elaboração de Projetos e Captação de Recursos. A medida provisória, número 21, nesse sentido, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), número 4.839, desta última segunda-feira, 3 de abril.
A Superintendência contará com uma ouvidoria especifica para cuidar da área de prevenção, de reinserção e de tratamento, e maior autonomia em desenvolver ações por meio da Gerência de Elaboração de Projetos e Captação de Recursos.
A política sobre drogas será intensificada no Tocantins durante este ano e já foi montado um vasto calendário de atividades, tais como seminários, cursos, campanhas, além de apoio à criação e a implantação de novos conselhos municipais, na elaboração de projetos para a realização de concurso de trabalhos acadêmicos, bem como editais para apresentações nas escolas, por meio de teatro e circo, e ainda cursos de captação profissional aos dependentes químicos e até atividades de prevenção em comunidades quilombolas, entre outras ações.
A secretária da Cidadania e Justiça, Gleidy Braga, que preside o Fundo Estadual sobre Drogas recebeu a criação da Superintendência com satisfação. “Estou bastante feliz, inclusive quanto ao trabalho que vinha sendo realizado nos últimos dois anos da gestão. Com a Superintendência, vamos ampliar ainda mais as ações, convictos que a partir de agora todos os trabalhos desenvolvidos ganharão mais respaldo da sociedade como um todo. Isso realmente mostra a responsabilidade do governador Marcelo Miranda e seu compromisso com a política de prevenção ao uso de drogas”, avalia.
Perfil
Deve ser finalizada no mês de maio uma pesquisa em 69 municípios tocantinenses pela Universidade do Tocantins (Unitins), custeada pela Seciju, que vai traçar o exato perfil dos usuários de drogas no Estado. A pesquisa tem caráter domiciliar, mas também será institucional, já que envolve as entidades que atendem os dependentes. Outro projeto de relevância para a área será a implantação, também em maio, do Centro de Atendimento do Núcleo de Atenção ao Dependente Químico (Acolher – Um Recomeço).
Além disso, o Conselho Estadual Sobre Drogas já havia credenciado 40 vagas em cinco comunidades terapêuticas, cuja triagem de dependentes voluntários – não é imposta a internação – vem sendo realizada por uma equipe multidisciplinar do Núcleo Acolher, na sede da Seciju, composta por psiquiatra, psicólogo, assistente social e enfermeiro.