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Polí­cia

Foto: Divulgação

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O juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessando Hofman Mendes, acatou pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e decretou, nesta segunda-feira, 10, a prisão preventiva do empresário Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, ex-presidente do Sindicato de Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindposto), acusado de ser o mandante do assassinato do também empresário Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, de 77 anos, conhecido como “Wencim”.

O pedido de prisão apresentado pelo MPE justifica-se pelo fato de que o acusado estaria tentando criar obstáculos à elucidação dos fatos, ao efetuar tentativas de intimidação e de aliciamento a uma testemunha ocular do crime de assassinato. Nesse sentido, duas pessoas que se apresentaram como mensageiras do suposto mandante do crime procuraram a testemunha, a fim de convencê-la a mudar o depoimento prestado anteriormente à Polícia Civil, inclusive questionando se a mesma aceitaria dinheiro para alterar sua versão dos fatos.

A abordagem dos emissários do empresário à testemunha foi gravada em áudio e apresentada pelo Ministério Público à Justiça, como prova. Um desses mensageiros é Sandro Alex Cardoso de Oliveira, que foi arrolado por Eduardo Pereira no processo por crime de homicídio, na condição de testemunha de defesa. A outra mensageira é a esposa de Sandro Alex Cardoso, conhecida como Selene.

Também para dificultar a elucidação dos fatos, o suposto mandante também estaria agindo para tentar imputar a autoria do crime de homicídio a outra pessoa.

Ao decretar a prisão, o magistrado avaliou que o Ministério Público conseguiu demostrar as tentativas de embaraço à produção de provas, apresentando indícios suficientes da ligação de Eduardo Pereira com essas práticas.

O pedido de prisão foi apresentado pelos promotores de justiça Abel Andrade Leal Júnior, Vinícius de Oliveira e Silva e André Ricardo Fonseca Carvalho.

Nota à Imprensa

Em nota à imprensa, a defesa do empresário Eduardo Pereira informa que tomou conhecimento de que teria sido decretada a prisão preventiva do empresário no processo a que responde na comarca de Porto Nacional. "Desconhece a defesa, todavia, o teor da referida decisão, uma vez que não há qualquer notícia sobre ela no processo eletrônico correspondente", informa.

Segundo a nota, não havia medida judicial alguma que restringisse o direito de o acusado se afastar da cidade onde reside.  "A defesa esclarece que Eduardo Pereira não irá obstar a aplicação da lei, e cumprirá a determinação judicial; sua defesa, entretanto, pretende adotar as providências cabíveis na busca de reverter o decreto de prisão", informa a defesa do empresário.

A defesa do empresário ainda afirma desconhecer a informação de que Eduardo Pereira tenha intimidado testemunhas ou praticado qualquer outro ato que justifique a medida extrema da prisão provisória, "e sobre isso só poderá manifestar-se mais especificamente após conhecer os termos da decisão", conclui a nota. 

Entenda 

O empresário Vencim Leobas foi atingido por um tiro na região do pescoço na manhã do dia 28 de janeiro de 2016, ao sair de sua casa, localizada no centro de Porto Nacional. Ele foi submetido a tratamento médico em Palmas, mas faleceu dias depois, em 14 de fevereiro, em decorrência dos ferimentos.

O Ministério Público Estadual denunciou o empresário, ex-presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto) Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, de ser o mandante do crime. Segundo o MPE, o crime teria sido motivado por interesses financeiros, já que Wenceslau Leobas estava instalando um posto de combustíveis em Palmas, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, entre os quais está Eduardo Pereira.

Eduardo Pereira disse em entrevista ao Conexão Tocantins no dia 25 de junho, que não conversava com o empresário Vencim há 5 anos e afirmou inocência.  (Saiba mais) (Atualizada às 17h45)