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Polí­cia

Foto: Dennis Tavares

Como parte da programação do 2º Simpósio de Perícia Criminal do Tocantins, na manhã desta sexta-feira, 5, os peritos criminais oficiais Roberto Ferraz Consales e Leonardo Ribas da Silva, bem como o perito médico legista Jorge Pereira Guardiola, ministraram palestras para os participantes do evento, com temáticas relacionadas às suas áreas de trabalho na Polícia Científica do Tocantins. As palestras iniciaram às 9h e seguiram até o final da manhã, no auditório da Justiça Federal, em Palmas/TO.

O perito criminal oficial, Roberto Ferraz Consales, da seção balística do Instituto de Criminalística do Tocantins (IC), iniciou a sequência de palestras com o tema “Novas Ferramentas na Comparação Balística”. Segundo o perito, o objetivo foi apresentar ao público ferramentas voltadas à nova tecnologia na área de balística.

“São ferramentas que facilitam o trabalho da perícia na elucidação de um crime. Podem ser úteis em crimes que aconteceram em locais distintos. Se foi utilizado à mesma arma de fogo em ambos os crimes, por exemplo, essa ferramenta faz o confronto automatizado, com captura de imagens via scanner que são armazenadas em um banco de dados, sendo possível fazer sua correlação”, explica Roberto Ferraz.

A segunda palestra foi ministrada pelo perito criminal oficial Leonardo Ribas, também especialista em balística, e teve como tema “Confronto Balístico em Local de Crime”. Segundo Leonardo Ribas, o intuito é ressaltar a importância do perito de local para a balística.

“O que se pretende ressaltar é que ninguém trabalha sozinho, se acontece um crime e o local for bem preservado, com um perito atento, este consegue coletar o material, que vai chegar ao laboratório de forma mais preservada, e que possa servir como peça probatória, fazendo, assim, com que esse indício vire prova”, comenta Leonardo Ribas.

Por fim, a programação matutina do evento finalizou com a palestra do perito médico legista e diretor do Instituto de Medicina Legal do Tocantins (IML), Jorge Pereira Guardiola. No evento, o médico legista explanou sobre o tema “Exumação em caso de asfixia”. O palestrante expôs para os participantes um caso real em que foi necessária a realização da exumação de um corpo para realização de uma nova necropsia.

“A partir desse caso específico, o objetivo da palestra foi mostrar a importância da interação dos diferentes seguimentos da polícia na resolução de um crime. Do delegado que atende, aos investigadores do local, o perito criminal até o médico legista. Se não houver essa interação, vão faltar dados que podem deixar a primeira necropsia incompleta, sendo necessária a posterior exumação do corpo, dificultando o trabalho do médico legista”, explica Guardiola.

Sobre o evento

O 2º Simpósio de Perícia Criminal do Estado do Tocantins teve início na manhã dessa quinta-feira, 4, finalizando no final da tarde desta sexta-feira, 5. O objetivo é discutir assuntos ligados à produção de provas materiais em crimes de repercussão, a partir da troca de experiências entre Polícia Federal e Polícia Científica do Tocantins.

O evento é organizado pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Polícia Científica, e da Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins, com colaboração da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (Sindiperito), União Geral dos Trabalhadores (UGT), e apoio da Academia Nacional de Polícia (ANP), Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT) e Seção Judiciária do Tocantins (Justiça Federal).