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Estado

Foto: Divulgação

O Movimento Sem Terra no Estado do Tocantins (MST), ocupa desde a manhã desta terça-feira, 9, a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Araguatins/TO para exigir do órgão decisões quanto ao assentamento das famílias dos acampamentos Carlos Marighela (em Araguatins), Padre Josimo (em Carrasco Bonito), Estrela de Daví (em São Bento) e Paulo Freire (Em Sampaio), municípios localizados na região do Bico do Papagaio.

Segundo o MST, parte das famílias estão completando quase cinco anos acampadas à espera da terra que não sai e os assentamentos estão em sua grande maioria sem atenção e apoio do Incra. O movimento critica afirmando que o Governo Federal e Estadual dão ênfase exclusiva ao agronegócio enquanto que a agricultura camponesa/familiar, sob tudo as famílias Sem Terra estão ficando cada vez mais à margem da margem das politicas dos governamentais. "Neste contexto se insere a nossa luta, ação de protesto e ao mesmo tempo reivindicação para que o Incra nos dê uma resposta rapidamente". 

De acordo com o MST, o Incra, a princípio, sinaliza com ameaças de reintegração de posse. "Mais um ato de criminalização contra as famílias camponesas, oferecendo assim, um tipo de resistência que para o MST compreende-se como forma de fugir de seu compromisso e dever".   

Incra

Ao Conexão Tocantins, o superintendente do Incra (regional Tocantins), Carlos Alberto da Costa, informou aguardar a pauta dos integrantes do MST. "Acredito serem assuntos que já vinhamos tratando. São família vulneráveis e sempre estamos atentos as suas reivindicações. Estamos trabalhando para atendê-los e desocuparem a nossa unidade de Araguatins", disse. 

Segundo Carlos Alberto, não há motivos para o MST chamar atenção do Incra. "Não concordo que é atenção porque estamos fazendo reuniões frequentes, inclusive na sexta-feira estive aqui atendendo a direção do MST e ficou deles protocolarem as cobranças das áreas reivindicadas por eles para estarmos retornando os processos e até agora não recebi", disse. 

Sobre o Projeto Sampaio, o superintendente deixou claro tratar-se de área do Estado e que, portanto, a tratativa deve acontecer entre o MST e o Estado. "Os demais são ações antigas que estamos aguardando decisões. Temos que retomar e aguardamos ofício para traçar metas de prioridades", concluiu.

Veja nota do MST na íntegra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Tocantins vem através desta solicitar junto ao Incra SR-26, reavaliação da pauta de reivindicação solicitada pelo movimento sem terra, a partir do dia 13 de outubro de 2015, onde na ocasião o Incra regional e o Incra Nacional não conseguiram nos dá uma reposta satisfatória sobre os resultados dos processo de desapropriações das áreas destinadas para assentamentos das famílias acampadas na região do Bico do Papagaio.

1- Acampamento Carlos Marighella em Araguatins, acampamento Padre Josimo em Carrasco Bonito, acampamento Paulo Freire em Sampaio-TO e acampamento Estrela de Daví em São Bento.

2- Destinação dos lotes de retomadas dos assentamentos da região do Bico do Papagaio, sobre tudo os lotes do PA. Cupim e os lotes ocupados por empresários e políticos da região, entre outros lotes de assentamentos localizados na região para assentarmos as famílias acampadas do MST.