Com o objetivo de incentivar o consumo, bem como mostrar o aproveitamento integral das espécies de peixe de menor valor de mercado e próprias para uso na culinária, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) promove, a partir desta terça-feira (26), até o próximo sábado (30), um curso de beneficiamento e elaboração de pratos à base de pescado. Ação é voltada para os membros da Associação de Pescadores da Colônia de Babaçulandia, município da região norte, localizado a 435 km de Palmas.
De acordo com a bióloga do Ruraltins, Cássia Bento, orientadora da oficina, o curso de capacitação atende a um pedido da associação, que busca a melhoria da qualidade do pescado e agregação de valor ao produto.
“Durante o período do curso vamos oferecer aos participantes informações relacionadas às boas práticas de manipulação, sobre os cortes especiais e preparação de pratos à base de pescado, como também a diversificação das receitas, visando a melhoria da alimentação, o estímulo ao consumo de peixes e a geração de renda”, disse.
Produção de peixe
A piscicultura é uma atividade que está presente em pelo menos 70% dos municípios tocantinenses. De acordo com dados da gerência de Aquicultura e Pesca do Ruraltins, o Tocantins conta com cerca de mil produtores de peixe, a maioria voltada para a agricultura familiar, ocupando uma área de produção de aproximadamente 4.500 ha de lâmina d’água, dentre viveiros e açudes/barragens.
Atualmente mais da metade da produção é originária da região sudeste principalmente no município de Almas, sendo as regiões sul, sudeste e centro-sul as principais produtoras de peixe do Estado.
Assistência técnica
O Governo do Estado, por meio do Ruraltins, tem dado todo apoio ao desenvolvimento da atividade com os serviços de assistência técnica e extensão rural, que vão desde a escolha da área até a implantação do projeto, assegurando aos produtores a geração de renda e a oferta de um produto com qualidade no mercado.
Dentre os peixes mais procurados e com maior criação estão os peixes redondos, tambaqui, caranha, piau, pirarucu, matrinxã; e os peixes híbridos: tambatinga, tambacu e cachandiá (jundiara ou pintado amazônico).
Estima-se que a cadeia produtiva da piscicultura movimenta cerca de R$ 180 milhões/ano. Além disso, a atividade gera cerca de 4.500 empregos diretos e 6.750 indiretos.