O secretário estadual de Saúde, Marcos Musafir, convocado pelo deputado José Augusto Pugliesi (Sem Partido) para prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa do Tocantins quanto a Operação Marcapasso da Polícia Federal, informou alerta aos profissionais da saúde e implantação de normativas. “Estamos alertando todos os profissionais, estamos fazendo as normativas, os regramentos, revendo os regimentos internos dos hospitais e da secretaria para que haja uma segurança maior, mas só temos três auditores na secretaria e isso dificulta um pouco”, afirmou.
O secretário frisou que denúncia resultante da Operação Marcapasso foi efetuada pela própria Sesau. “A denúncia partiu da Secretaria. Denunciamos porque encontramos um material com uma etiqueta cobrindo a etiqueta original de um material vencido e partir dali, fomos à polícia e, como era recurso federal, a Polícia Federal foi envolvida, o Ministério Público Federal foi envolvido, apoiaram e a investigação aconteceu em abril do ano passado. Lá que começou por uma denúncia da secretaria”, explicou.
Musafir foi contundente ao dizer que não houve envolvimento de nenhum integrante da atual gestão da Sesau. “De nenhum da gestão que eu coordeno, com a minha equipe. Coordenadores e superintendentes honestos”, disse.
Recurso da Saúde com Pessoal
O secretário também informou dados. Segundo ele, aproximadamente 90% do recurso que o tesouro estadual coloca para a saúde, é direcionado para pagamento de recursos humanos (pessoal), 7% para pagar demandas judicias (de próteses, cirurgias), restando apenas 3% para as demais ações. Para justificar os 90%, Musafir disse que saúde se faz com pessoas. “Pessoas cuidando de pessoas. O foco é o paciente”, disse. Ainda de acordo com dados informados pelo secretário, apenas 6% da população tocantinense dispõe de plano de saúde. “Temos que cuidar de 94% da população e nessa crise recente do Plansáude aumentou em 28% o atendimento nos nossos hospitais das pessoas que tinha plano de saúde”, frisou.
O secretário apontou dificuldades em gerenciar todas as unidades de Saúde do Estado "com uma série de dificuldades herdadas historicamente, com comportamentos difíceis de vencer”. Mas, de acordo com o gestor da Sesau, "temos as dificuldades operacionais que qualquer hospital no mundo tem”, disse.
Musafir colocou a Sesau à disposição dos deputados e de qualquer cidadão para averiguar toda a área administrativa, jurídica, contábil, de política de saúde, das unidades hospitalares e a financeira.