Em 2017 o Monumento Natural Das Árvores Fossilizadas Do Tocantins (Monaf) recebeu aproximadamente 1000 visitantes como universitários, secundaristas e o público em geral. Neste ano a administração da Unidade de Proteção Integral juntamente com os técnicos tiveram como foco de gestão a implementação das atividades do Manejo Integrado do Fogo (MIF). A administração da Unidade de Conservação (UC) é do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
De acordo com o supervisor da Unidade, Hermísio Alecrim Aires, este ano, além de o Monaf ter completado 17 anos de criação, um dos maiores presentes para sua gestão, foram os bons resultados alcançados com a implementação do MIF. “Fomos selecionados pelo Projeto Cerrado - Jalapão para desenvolver atividades de aprimoramento das estratégias de prevenção e controle de queimadas e incêndios florestais na área de abrangência da unidade”, relatou.
O gestor ressaltou que os resultados positivos foram visíveis já no primeiro momento. Para ele a ferramenta MIF foi bem aceita pelo público alvo, possibilitou nivelar conhecimentos e a troca de experiências entre as partes envolvidas de forma relevante. Para isso foram realizadas várias reuniões setoriais com os proprietários rurais residentes nas áreas de formação do Monaf.
“Os encontros visaram articular, divulgar e socializar as ações do MIF quanto ao planejamento participativo, atividades de campo, manejo e mapeamento das áreas para queimas prescritas. Foi um trabalho bem gratificante, pois foi possível assegurar a preservação e a segurança ambiental das áreas com históricos de focos de incêndios no Monaf durante o período seco, não havendo ocorrência de registro dessa natureza”, frisou.
A UC também serviu de inspiração para pesquisas científicas. Um dos temas foi tema Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins: Contribuições e desafios, dos autores Tatiane Marinho Vieira Tavares, Hermísio Alecrim Aires, Etiene Fabbrin Pires e Rosemarie Rohn. A tese foi do Programa de Pós-Graduação em Demandas Populares e Dinâmicas Regionais da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Araguaína - TO.
O segundo trabalho teve como tema O Olhar De Um Grupo De Atores Sociais Sobre o Monumento Natural Das Árvores Fossilizadas Do Tocantins, dos autores Aline Maria Costantin, Etiene Fabbrin Pires e André Jasper, do Centro Universitário – (Univates), localizado em Lajeado (RS).
Outro destaque deste ano foram às capacitações ofertadas. Os técnicos do Monaf participaram dos cursos e seminário como o Cadastro de Criadores Amadoristas de Passeriformes (SISPASS), Habilitação em Fiscalização Ambiental e Licenciamento Ambiental, todos em Araguaína. A Oficina sobre o Manejo Integrado do Fogo aconteceu no Parque Estadual do Cantão (PEC) e do Seminário Internacional sobre Manejo Integrado do Fogo, Brasília-DF.
Atrativos turísticos
O Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (Monaf) compõe um dos atrativos turísticos da região norte do Estado. Localizado no distrito de Bielândia, município de Filadélfia, está a 438 quilômetros de Palmas. O acervo natural é formado por fósseis e ocupa uma área de 32 mil hectares do cerrado tocantinense.
A referida unidade de conservação ambiental do Estado foi criada pela Lei 1.179 de outubro de 2000. É considerada a maior UC dessa categoria no bioma cerrado. Conforme pesquisas realizadas no local, os fósseis têm mais de 250 milhões de anos, sendo assim, são anteriores aos dinossauros.
Há milhões de anos, o Tocantins abrigou uma floresta que hoje é considerado um dos maiores registros de vegetais fossilizados do mundo. Entre os principais fósseis encontrados no monumento destacam-se as samambaias arborescentes, há também árvores como pteridófitas, esfenófitas, coníferas e cicadácias, que a comunidade local deu o nome “Pedras de Pau”.
O Monaf possui acomodações adequadas para receber profissionais e acadêmicos que visitam o local. A estrutura inaugurada pelo governador Marcelo Miranda em 2015, possui sede administrativa, banheiros e alojamentos masculino e feminino, auditório e garagem.
O monumento é procurado por geólogos, historiadores e pesquisadores. Os interessados em conhecer o local devem agendar a visita por telefone ou na Coordenação das Unidades de Conservação, Parques Estaduais e Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins, no Naturatins, em Palmas.