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Polí­tica

procurador Regional da República, Maurício Gotardo Gerum, durante o julgamento do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF4

procurador Regional da República, Maurício Gotardo Gerum, durante o julgamento do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF4 Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4

Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 procurador Regional da República, Maurício Gotardo Gerum, durante o julgamento do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF4 procurador Regional da República, Maurício Gotardo Gerum, durante o julgamento do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF4

O procurador Regional da República, Maurício Gotardo Gerum, afirmou hoje (24) no julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que o ex-chefe do Executivo se corrompeu e que a defesa não conseguiu apresentar qualquer elemento probatório consistente que afastasse a acusação dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. “Lamentavelmente, Lula se corrompeu”, resumiu.

Gerum também questionou a atuação do ex-presidente da empreiteira da OAS, José Aldemario Pinheiro Filho, ao mostrar a Lula o apartamento triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, em São Paulo. “Causa estranheza que o presidente da empreiteira faça as vezes de mestre de cerimônia ou corretor de imóveis ao apresentar o imóvel a um ex-presidente e a sua família”.

Ele também questionou o que chamou de “cultura retrógrada”, ao comentar a relação entre o mundo empresarial e o mundo político. “Essa relação entre o mundo político e empresarial se mostra como uma intimidade absolutamente artificial baseada apenas no toma lá da cá”.

Na sustentação, o procurador acusou o petista de ser o verdadeiro dono do triplex. E rebateu a tese da defesa de que Lula não atuava na indicação de diretores da Petrobras. “Era evidente e transparece nos autos a atuação de Lula na indicação de diretores da Petrobras”, afirmou. Disse também que, ao assumirem os cargos, os diretores da estatal assumiam, o que chamou de, “cláusula de corrupção”.

A apelação da defesa de Lula é contra a condenação a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex do Guarujá – aplicada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, em Curitiba (PR).