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Palmas

Moradores do Taquari disseram que a ação foi violenta

Moradores do Taquari disseram que a ação foi violenta Foto: Loise Maria

Foto: Loise Maria Moradores do Taquari disseram que a ação foi violenta Moradores do Taquari disseram que a ação foi violenta

O Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas de Palmas (NUAmac) Palmas/TO, da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), atendeu na tarde desta sexta-feira, 9, representantes de moradores da quadra T-30, do Jardim Taquari, região sul da Capital. Segundo os moradores, fiscais da Prefeitura de Palmas, guardas metropolitanos e policiais militares estiveram na quadra para uma ação de fiscalização, derrubaram duas casas, que estariam em área pública, e agiram com truculência e violência física.

Presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) em Palmas e líder do movimento de moradores da quadra T-30, Eliane Marinho foi atendida pela Defensoria e informou que policiais militares e guardas metropolitanos chegaram cedo ao local com tratores para derrubar a casa de dois moradores.

No atendimento no Núcleo, Eliane mostrou marcas pelo corpo que, segundo ela, são de agressão física que sofreu durante a ação para a derrubada dos imóveis. “Eles jogaram spray de pimenta, me algemaram e me bateram com o cassetete”, denunciou a líder na luta pela moradia, que ainda mostrou marcas de violência física em sua filha – Clara Aline, grávida de oito meses. “Derrubaram a minha filha no chão quando ela veio me defender das agressões dos policiais”, disse Eliane, que chegou a ser detida e levada para delegacia em Taquaralto.

A primeira casa a ser derrubada foi a de Edvania Mendes Pereira. “Tentamos conversar de todo jeito, mas não teve acordo. Batalhei tanto para construir a minha casa, consegui um acerto no último trabalho, poupamos dinheiro e estávamos aos poucos construindo a nossa casa, mas agora não sei mais o que fazer”, lamentou.

Além do atendimento na Defensoria Pública, os moradores registraram boletim de ocorrência e foram ao Instituto Médico Legal para exames. O NUAmac vai acompanhar o caso.