Candidatos aprovados no último concurso da Polícia Civil nos cargos de perito criminal, escrivão e delegado de polícia realizaram, nesta segunda-feira, 26, um protesto em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Os remanescentes, que ainda não foram convocados pelo governo estadual, levaram um bolo, usaram narizes de palhaços e cantaram parabéns para o certame que se iniciou há quatro anos, ainda em 2014, na gestão do ex-governador Sandoval Cardoso. Após isso distribuíram pedaços de bolo para os servidores da secretaria.
O candidato aprovado para o cargo de delegado, Joadelson Albuquerque, acredita que o protesto foi bom, embora os candidatos não tenham tido o retorno da Secretaria de Segurança Pública e nem mesmo foram recebidos por nenhum representante.
O concurso
Desde que o concurso foi retomado em 2016 com a realização da Academia de Polícia, as convocações vem sendo realizadas pelo governo Marcelo Miranda em doses homeopáticas. Na primeira chamada, em maio de 2017, o governo convocou 53 candidatos para o provimento dos cargos de delegado, 13 médicos legistas, 35 peritos, 63 escrivães, 44 agentes e 26 necrotomistas.
Já no segundo semestre, o Estado nomeou cinco peritos, 31 delegados e 50 escrivães. No entanto, conforme o edital, o Executivo ainda deve convocar os 175 aprovados remanescentes.
No momento ainda faltam ser convocados 37 peritos, 40 delegados e 78 escrivães. Todos os aprovados já fizeram o curso da formação na Academia de Polícia e estão aptos a tomarem posse.
Realizado com dispensa de licitação por conta de sua urgência, o concurso se arrasta por quatro anos com nomeações parceladas e sem a publicação de nenhum cronograma que defina quando elas irão ocorrer.
Peritos
O aprovado para o cargo de perito Antonio Neto ressalta que ainda faltam 37 pessoas desse cargo para serem nomeadas. Por outro lado, todos os remanescentes já fizeram cursos de formação, foram aprovados em todas as etapas e estão só esperando a nomeação para servirem à Administração Pública e levar mais segurança para a sociedade. Mas enquanto o Governo não toma um posicionamento concreto, Antonio Neto destaca que vários núcleos de perícia espalhados por todo Estado têm déficit de pessoal e acumulam processos de investigação. “O papel da perícia é a comprovação do crime e a junção de provas. Isso depende do trabalho desses profissionais, mas enquanto estiver com um quantitativo reduzido nas delegacias, vários criminosos ficarão impunes”, comenta.