Coordenado pela equipe de pesquisa e monitoramento da diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), o Projeto Quelônios finalizou a marcação de mais de 270 ninhos na região do Cantão.
Com o fim do período de desova, a equipe do projeto também realizou a biometria e marcação das matrizes. Segundo inspetora de recursos naturais, a Aline Vilarinho, em uma praia selecionada, foram capturadas aleatoriamente 32 fêmeas que, após desovarem, foram medidas, pesadas e marcadas. “O objetivo foi coletar dados que nos permitam estimar a idade de maturação das tartarugas, bem como estimar o tamanho da população através da recaptura”, disse.
Aline explica ainda que as primeiras eclosões estão previstas para o fim deste mês, tendo um pico de atividades nas últimas semanas de novembro. No entanto as atividades de monitoramento seguem até o dia 20 de dezembro, ou até o fim do ano, caso haja necessidade.
Alem das equipes de monitoramento, estão envolvidas nas atividades, as equipes de fiscalização do Naturatins, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). “Esse trabalho de fiscalização na área direta e indireta do projeto é primordial para assegurar a reprodução e sobrevivência dos quelônios, no sentido de coibir a caça e a pesca ilegal no trecho monitorado”, ressalta a inspetora.
Monitoramento
A fase de monitoramento das tartarugas no seu período reprodutivo teve início na última semana de agosto, com o alinhamento das atividades com toda a equipe de campo.
Três equipes formadas por 1 técnico responsável (biólogo), 1 guarda-parque, 1 piloto de navegação e 2 voluntários, cada uma, se reveza nas ações de monitoramento. Cada equipe permanece em campo por uma semana, sendo substituída pela equipe posterior conforme escala pré-estabelecida no projeto.
Este ano, o Projeto Quelônios do Tocantins teve início em maio com a apresentação do projeto de pesquisa e monitoramento na Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – Naturatins. Desde então foram realizadas articulações com órgãos púbicos e universidades para compor a equipe de realização do projeto, além de captação de parceiros da iniciativa pública e privada como apoiadores do mesmo.
São apoiadores do projeto a Secretaria Geral de Governo, a Fazenda Fartura, a Universidade do Tocantins (Unitins) e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), entre outros.