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Educação

Foto: Divulgação Para a professora Elizangela Gomes, é fundamental abordar a temática nas unidades escolares Para a professora Elizangela Gomes, é fundamental abordar a temática nas unidades escolares

A Escola Estadual Brasil, Escola do Campo, jurisdicionada à Diretoria Regional de Educação de Porto Nacional, realizou, nesta sexta-feira, 23, a “Mostra Literária – Escravo, Nem Pensar”. O evento tem como objetivo sensibilizar e informar aos estudantes, pais e comunidade escolar sobre os perigos do aliciamento, bem como reforçar a luta pela erradicação do trabalho escravo.

O tema foi abordado dentro dos conteúdos programáticos das disciplinas com a confecção de painéis, produção de textos e paródias, durante este mês.

Dentro da programação, que ocorre nesta sexta-feira, o público presenciou exposição de desenhos, recitação de poesias, teatros, coral, coreografia, e finalização com a mostra dos trabalhos realizados neste semestre sobre a ação da temática Escravo, nem pensar.

Os alunos da 1ª série do ensino médio apresentaram em forma de teatro a peça “A escrava da noite”. Já os estudantes da 2ª e 3ª séries do ensino médio encenaram uma peça teatral denominada “Ciclo do trabalho escravo contemporâneo”. Ainda foi preparado um local com ornamentação dos alunos do ensino médio, simbolizando o alojamento do escravo contemporâneo.

Na música, os estudantes do 8º ano do ensino fundamental formaram um coral com a música “Não mais escravo”. Com essa mesma música, os estudantes do 5º ano fizeram uma coreografia alusiva à escravidão.

Segundo Nilza Nunes de Oliveira, diretora da Escola, é muito gratificante presenciar o envolvimento e empenho de toda equipe escolar. “Alunos, servidores, pais e comunidade em geral se envolveram em ações de práticas educativas para a formação dos discentes. É um orgulho contribuir com os estudantes e, assim, garantir os seus direitos”, destacou.

Milena Aguiar Ferreira, professora de língua portuguesa, pontua que o projeto proporcionou conhecimento sobre o tema escravo. “É impossível corrigir abusos sem que saibamos o que está acontecendo. Quando se conhece algo, pode se buscar melhoras. O projeto faz com que os alunos tenham olhar crítico para o mundo, valorizando a leitura e a pesquisa que proporcionam o conhecimento”, ponderou.

Para Elizangela Gomes da Silva Araújo, professora de espanhol, é fundamental abordar a temática nas unidades escolares. “É importante que as escolas realizem este projeto em parceria com a comunidade, para erradicar o trabalho escravo contemporâneo. Foi gratificante e significativa à realização deste projeto, alguns alunos já haviam percebido que pessoas se enquadravam na situação indigna como as que muitos trabalhadores passam. Algumas situações consideradas naturais, por falta de conhecimento, agora eles identificam como criminosas”, comentou.

De acordo com Flávia Alessandra Sousa Silva, estudante da 3ª série do ensino médio, a metodologia do trabalho desperta o interesse dos alunos. “Muitos alunos conseguiram superar a timidez no momento de recitar poesias ou participar de outras atividades, chegando ao ponto de o público se emocionar. É muito triste saber que ainda hoje há indivíduos que escravizam seus trabalhadores. Essas apresentações ficarão para sempre marcadas em nossas mentes, pois pudemos entender melhor a questão do escravo contemporâneo”, finalizou.