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Polí­cia

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava denúncias de crime ambiental envolvendo servidores do Hospital Regional de Dianópolis e indiciou nove pessoas, além do Estado do Tocantins, pelo suposto crime.

De acordo com o relatório, o lixo do hospital era armazenado juntamente com o lixo comum e não em tambores, como é exigido pela norma padrão. Além disso, o inquérito menciona que o lixo comum deveria ser armazenado em sacos pretos e o lixo hospitalar em sacos brancos, para diferenciação do material e coleta adequada pela empresa responsável, uma vez que o lixo hospitalar deve ser coletado por uma empresa especializada, ao passo que o lixo comum era recolhido pela prefeitura.

 Material infectante jogado no mesmo lugar do lixo comum (Foto: reprodução)

Entretanto os funcionários da limpeza passaram a colocar os sacos brancos com resíduos provenientes de procedimentos hospitalares em outros sacos pretos, fazendo com que o resíduo passasse a ser coletado pelo município e descartado no lixão da cidade.

O lixo hospitalar ficou acumulado com o lixo comum em um mesmo local (a casa de lixo), até que fosse coletado, situação que é irregular e configura crime ambiental. As investigações demonstraram ainda que a diretora do hospital e o coordenador de limpeza sabiam da irregularidade e autorizaram e orientaram os servidores da limpeza a armazenarem os dois tipos de lixo em um mesmo ambiente.

 Tambores lotados e casa de lixo com material orgânico e hospitalar armazenados juntos (Foto: reprodução)

“Em virtude da não coleta definitiva do lixo hospitalar e ausência de tambores para armazenamento do resíduo, todos os servidores da limpeza do Hospital Regional de Dianópolis passaram a armazenar todos os tipos de lixo em um só local, qual seja, na única casa de lixo existente (local destinado exclusivamente ao lixo comum acondicionado em sacos de cor preta), amontoando o lixo hospitalar ao lixo comum, sendo tal conduta proveniente do conhecimento, autorização e orientação do coordenador de limpeza e da diretora do hospital”. Consta no relatório.

Denúncia

O caso foi investigado após uma denúncia anônima realizada ainda no ano passado de que o lixo hospitalar do regional estava sendo descartado de forma irregular no lixão da cidade. Em diligência ao local de descarte, policiais encontraram junto à carga de um caminhão que coleta o lixo domiciliar da cidade, material infectante proveniente do hospital.

O problema do descarte inadequado de lixo aconteceu depois que o governo rescindiu o contrato com a Sancil, empresa contratada para coletar o lixo dos hospitais do estado e que também esteve envolvida no escândalo das 200 toneladas de lixo encontradas em um galpão no distrito industrial de Araguaína.