Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­cia

Grande na frente do pavilhão é a única coisa que segura os detentos dentro da unidade (Divulgação)

Policiais penais que atuam no presídio de Cariri, região sul do Estado, denunciam a precariedade na unidade prisional e alertam para possibilidade de motins, rebeliões e ameaça à segurança dos profissionais que atuam no presídio.

Segundo a denúncia, nesta segunda-feira, 13, em apenas um dos pavilhões da unidade - pavilhão 1 - há cerca de 130 presos soltos sob a guarda de apenas 7 policiais. Neste pavilhão os detentos não ficam nas celas, que “não têm grades, nem cadeados. Então eles ficam o dia inteiro soltos. A única coisa que os segura no pavilhão é a grade da frente do pavilhão e os guariteiros que ficam de olho diuturnamente. Mas na hora de fazer o confere, eles não estão trancados nas celas, como acontece nos outros presídios”, denunciou um policial penal que não quis ser identificado.

O pavilhão em que os presos estão soltos é conhecido por ser dominado por uma facção criminosa. “Falaram que iam reformar dois pavilhões, a construção parou. O presídio novo tá lá totalmente construído, mas não tem móveis, monitoramentos e equipamentos”, revelou o policial.

A situação no presídio de Cariri é de 18 presos para cada policial penal na unidade. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) preconiza um mínimo de 5 presos para 1 agente.

Além da falta de servidores, os policiais penais em atuação não têm condições adequadas de trabalho. Chega a faltar armamento e munição para conter um eventual motim. Casos de rebelião devem ser contidos com o uso progressivo da força, iniciando-se com armas não letais para conter os rebelados, como gás de pimenta, lacrimogênio, granadas de luz e som e munição de borracha. “Aqui na minha unidade nós temos um armamento que chama AM-640 que foi fornecido na última compra, mas falta munição. Você não tem munição de pimenta e nem lacrimogênea, você só tem de borracha. Ou seja, o uso progressivo da força fica prejudicado pela falta da munição adequada”, denuncia o agente.

Seciju

Por meio de nota a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) informou que o Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã em Cariri, está com a capacidade regular de agentes de execução penal por plantão, bem como o armamento e munições menos letais. A secretaria também esclareceu que a unidade está passando por reforma, para melhor atender a execução da pena. (Matéria Atualizada)