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Cultura

Foto: Flaviana Ox

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O setor cultural é um dos mais afetados no sentido social e econômico pelas consequências imediatas e também de médio e longo prazo, decorrentes da pandemia covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2. Com o objetivo de propor diretrizes e debater a situação da cultura em meio à pandemia, especialmente a Lei de Emergência Cultural, artistas, agentes culturais, gestores municipais e convidados estiveram reunidos na noite de segunda-feira, 25, na realização da Conferência Estadual de Cultura. A programação foi uma iniciativa da Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac).

A webconferência foi transmitida pelo Canal Resistência Contemporânea, no Youtube, e contou com a participação de mais de 600 pessoas. Além de ativistas da cultura tocantinense, o encontro contou com a participação do secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba, a assessora técnica da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Chris Ramires, e o professor Mestre em Ciência Política e criador do Canal Resistência Contemporânea, Gilbert Martins. Gestores culturais das principais cidades tocantinenses – Palmas (Giovanni Assis), Araguaína (Wilamas Ferreira), Gurupi (Zenaide Costa) e Porto Nacional Arnaldo Bahia) – também estiveram presentes, além de produtores culturais, agentes e artistas.

Os participantes comemoram o sucesso da webconferência, que teve como principal foco debater o projeto de lei 1.075 de 2020 (Lei de Emergência Cultural), que prevê uma série de auxílios à classe artística em meio à pandemia. Contudo, lamentaram a ausência de representante do Estado. “A conferência foi muito produtiva, muito informativa, pela capacidade de apresentação da Lei e a integração dos nossos gestores com os agentes culturais no processo. Só lamentamos muito a ausência do Governo do Estado e penso que precisamos descobrir um caminho para o diálogo com o Estado, pois trata-se de um momento de muita solidariedade”, afirma o mediador do debate, o ator e diretor teatral Cícero Belém.

O Estado foi convidado a participar da Conferência por meio da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia (Adetuc), porém, o presidente não esteve presente e não enviou representante. Na Conferência, os artistas cobraram um espaço para o diálogo com o Estado, bem como a necessidade de retorno da Fundação Cultural do Estado. O presidente da Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac), Kaká Nogueira, afirmou que o encontro foi um importante momento para o debate sobre “A Lei de Emergência Cultural e os Reflexos no Tocantins”. “Os gestores falaram sobre as ações e dificuldades e ficou muito claro que o Estado terá um papel fundamental neste repasse de recurso fundo a fundo, além dos deputados federais aprovarem a Lei e agilizarem na legislação necessária ao repasse”, declarou, acrescentando que todos os pensadores de cultura no País estão mobilizando em prol da aprovação da Lei. No Tocantins, todos os deputados federais afirmaram à Fetac que votariam positivamente pela Lei de Emergência Cultural.