O vice-prefeito de Novo Acordo, Leto Moura Leitão Filho (PR) vai ser julgado em júri popular pela tentativa de assassinato contra o prefeito de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar (MDB). De acordo com a decisão da juíza Aline Bailão Iglesias, também deverão ser levados ao tribunal do júri os empresários Paulo Henrique Sousa e Kelly Fernanda Carvalho, acusados de intermediar o crime, e Gustavo Araújo da Silva, o executor.
Todos os acusados vão ser julgados por tentativa de homicídio sem possibilidade de defesa à vítima e, no caso específico de Leto Moura, com o agravante de motivo torpe, uma vez que, segundo as investigações, o que teria motivado a tentativa de homicídio seria uma briga por divisão de propina entre o prefeito e o vice.
O crime aconteceu em janeiro do ano passado. Elson Lino estava em sua casa quando foi vítima dos disparos. Ele foi socorrido e sobreviveu. O prefeito nega discussões por divisão de propina com Leto Moura.
O vice-prefeito, que está afastado de suas funções na Prefeitura de Novo Acordo, assim como os empresários Paulo Henrique e Kelly Fernanda, cumprem prisão domiciliar. O único que permanece preso é Gustavo Araújo, que teria recebido R$ 10 mil para matar o prefeito.
Gustavo assumiu a autoria do crime, mas negou que seria encomendado. Ele afirmou à polícia que teria invadido a casa do Elson Lino para roubar.
Os demais negam as acusações de crime planejado, apesar de os autos do processo indicarem imagens de câmeras de segurança, trocas de mensagens e outros indícios de ligação entre o mentor, intermediadores e executor. As investigações apontaram ainda que o plano inicial era de que a tentativa de assassinato fosse realizada no final do ano de 2018.
O tribunal do júri ainda não tem data marcada.