Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Diversos fatores levam a mulher a continuar no ciclo da violência, sendo necessária a busca por ajuda profissional

Diversos fatores levam a mulher a continuar no ciclo da violência, sendo necessária a busca por ajuda profissional Foto: Imagem ilustrativa/Maria Gabriela

Foto: Imagem ilustrativa/Maria Gabriela Diversos fatores levam a mulher a continuar no ciclo da violência, sendo necessária a busca por ajuda profissional Diversos fatores levam a mulher a continuar no ciclo da violência, sendo necessária a busca por ajuda profissional

Apesar de os registros de denúncias de violências contra mulher responderem por altos índices nas estatísticas, além de ser a principal causa de feminicídio no Brasil e no mundo, o que se nota ainda é a culpabilização da vítima e as relações de dependências emocionais e financeiras, mitos, preconceitos e comportamentos sexistas que levam a subnotificação desse tipo de violência de gênero.

Nesse sentido, a Secretaria Estadual da Cidadania e Justiça (Seciju) esclarece alguns comportamentos e motivos da relação da vítima e da família com o agressor que a impede de denunciar. O objetivo é sensibilizar e despertar na sociedade o comportamento de prevenção e de enfrentamento a esse crime, auxiliando a vítima a quebrar o ciclo da violência e buscar ajuda.

De acordo com a gerente de Políticas e Proteção às Mulheres da Seciju, Flávia Martins, a dependência é um dos fatores que encadeiam outros impedimentos para a quebra do ciclo de violência.

“A maioria das mulheres não denunciam seu agressor por ter uma grande dependência, tanto financeira como psicológica e emocional. Existe o medo de recomeçar e se manter sozinha, às vezes não acredita que é possível reconstruir a vida. Com isso ela acaba se submetendo a viver com seu agressor mesmo sofrendo essas violências, mas é muito importante buscar ajuda profissional para conseguir se desvincular desse ciclo de violência em que vive e encontrar força em si mesma”, concluiu.

Motivos que levam a subnotificação

De acordo com o Instituto Maria da Penha, a mulher sofre vários tipos de violências podendo ser física, moral, psicológica, sexual e patrimonial, praticadas de maneira isolada ou não (https://cidadaniaejustica.to.gov.br/noticia/2020/9/10/a-violencia-domestica-contra-mulher-presente-desde-insultos-controle-dos-bens-ate-a-agressao-fisica/).

Além disso, um balanço de 2019 da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) sobre violência contra mulher, apresentado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, revelou que as agressões estão diretamente relacionadas aos companheiros, cônjuges e ex-companheiros das vítimas.

Esse retrato mostra que por vezes as vítimas não denunciam seus agressores por diversos fatores que vão desde o envolvimento emocional, a dependência financeira especialmente quando há filhos, o que leva muitas mulheres a continuarem sendo vítimas de agressão; relacionamentos abusivos no quais as vítimas têm dificuldade de reconhecer determinadas posturas como agressivas, em especial quando não há violência física; e a falta de credibilidade dada às mulheres ao trazerem à tona a violência, consideradas muitas vezes a responsável por provocar a agressão.