Com o objetivo de promover ações que fomentem a proteção da criança e do adolescente, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) divulga a campanha #NavegarNumaBoa, lançada nessa segunda-feira, 9, pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). A campanha apresenta ferramentas para que pais possam proteger os filhos do mau uso da tecnologia, sobretudo em relação à interação virtual com foco na prevenção de abusos e outras práticas lesivas ou criminosas, incentivando crianças e adolescentes a resguardarem sua privacidade e intimidade, além de frisar o diálogo entre pais e filhos sobre segurança digital.
Segundo a gerente de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Seciju, Rejane Pereira Pinto, o intuito da campanha é sensibilizar a sociedade brasileira sobre os males que existem no ambiente virtual da internet, no qual existem também perigos. “A campanha traz ferramentas e dicas para que os pais possam abordar junto aos seus filhos, situações de risco e de alerta frente a malfeitores que se escondem na internet e nas mídias digitais”, disse.
“É interessante ressaltar uma palestra da delegada de Polícia Federal, Paula Mary, que trabalha frente ao tema pedofilia infantil, na qual ela destacou a importância dos pais acompanharem seus filhos e de como os criminosos podem abusar das crianças se fazendo passar por amigos em um primeiro momento, para depois extorquir e ameaçar. Inclusive, a fala da delegada estava em total congruência com o material disponibilizado por esta campanha”, destacou a gerente.
Tipos de perigos na internet
No uso da internet e das mídias sociais, crianças e adolescentes podem se deparar com perigos e estar sujeitos às ações dos “predadores digitais”, que são os criminosos que atuam na internet. No material apresentado na campanha, destacamos:
- Assédio virtual ou Cyberbullying: violência praticada com o objetivo de agredir, perseguir, ridicularizar e/ou assediar;
- Exploração sexual de crianças e adolescentes na Internet: todos os atos de natureza sexual cometidos contra uma criança ou adolescente através do uso da Internet como meio de explorá-los sexualmente;
- Exposição a conteúdos inapropriados: acesso ou exposição de crianças e adolescentes, intencionalmente ou acidentalmente, a conteúdos violentos, de natureza sexual ou que gerem ódio, sendo prejudicial ao seu desenvolvimento;
- Grooming: estratégias que um adulto realiza para ganhar a confiança de uma criança ou adolescente, através da Internet, com o propósito de abusar ou explorar sexualmente;
- Happyslapping: É uma forma de cyberbullying que ocorre quando uma ou várias pessoas agridem um indivíduo enquanto o incidente é gravado para ser transmitido nas redes sociais;
- Sexting: autoprodução de imagens sexuais, com a troca de imagens ou vídeos com conteúdo sexual, por meio de telefones e/ou da Internet (mensagens, e-mails, redes sociais). Também pode ser considerado como uma forma de assédio sexual em que uma criança e um adolescente são pressionados a enviar uma foto para o parceiro, que a propaga sem o seu consentimento;
- Sextorsão (sextortion): chantagem realizada a crianças ou adolescentes por meio de mensagens intimidadoras que ameaçam propagar imagens sexuais ou vídeos gerados pelas próprias vítimas.
Na aba Conheça os riscos na internet da campanha #NavegueNumaBoa, estão relacionados todos os riscos levantados pelo MMFDH, para que o usuário possa saber quais os riscos que as crianças e adolescentes estão expostos na internet.
Denuncie
De acordo com o MMFDH, a exposição de crianças e adolescentes na internet estão entre os cinco tipos de violações mais denunciados ao Disque 100. O levantamento sobre esse tipo de violência, inclui casos de pedofilia, cyberbullying e pornografia infantil.
A campanha ressalta também os principais canais de denúncia existentes para este público, por meio dos quais é possível denunciar qualquer caso de violação de direitos humanos, inclusive crimes cibernéticos contra Crianças e Adolescentes. Dentre estes canais estão o Disque 100; o Disque 180, que dá acesso à Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência; o site e o número de WhatsApp - (61) 99656-5008 - da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e o aplicativo Direitos Humanos Brasil.