Situado na Amazônia Legal, região responsável por 99% dos casos de malária notificados no Brasil, o Tocantins registrou em 2020 apenas casos importados, com perfil de transmissão, da maioria dos casos advindos das demais áreas de transmissão da AL e de outros países. Em 2019 haviam sido registrados, no Estado, um total de 31 casos, sendo 30 casos importados e apenas um autóctone (caso transmitido localmente). Em 2020, foram registrados 20 casos, todos importados, com uma redução de 35,5% no total de casos notificados.
Segundo o assessor técnico da área da Malária, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio, as principais ações desenvolvidas no ano de 2020 foram “a implantação do Plano de Eliminação da Malária no Tocantins e webconferências de atualização dos esquemas terapêuticos da malária, realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde; além de outras atividades de educação em saúde nos dias alusivos à malária, desenvolvidas pelas secretarias municipais de Saúde”, destacou.
Ainda segundo o técnico, o fato de não haver casos transmitidos localmente no Estado é motivo de comemoração. “Não tivemos registro de nenhum caso autóctone, apenas casos importados e isso já no primeiro ano do Plano Estadual e em meio a uma pandemia. Isso é um resultado significativo e precisamos nos manter vigilantes, para que o Estado não regrida no combate à doença”, enfatizou.
Os novos casos registrados em 2020 foram notificados nos municípios de Ananás, Araguaína, Araguatins, Augustinópolis, Cristalândia, Dianópolis, Esperantina, Formoso do Araguaia e Palmas.
A malária
A malária é uma doença infecciosa e contagiosa, febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito. O tratamento é feito por meio de medicamentos antimaláricos disponibilizados gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), em toda rede do Sistema Único de Saúde (SUS).