Indignado com a decisão do Ministério da Saúde em priorizar a população carcerária antes mesmo dos Policiais no plano de vacinação contra a Covid-19, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Sinpol-TO), representado por sua presidente, Suzi Francisca, saiu em defesa dos seus filiados e foi buscar esclarecimentos com o secretário de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), Cristiano Sampaio, na manhã desta sexta-feira, 5.
O secretário da pasta, que também é presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), juntamente com vários representantes de outros estados, já emitiu uma Carta ao Ministro da Justiça e Segurança Pública e ao Ministro da Saúde, em apelo à prioridade e reconhecimento das forças policiais que desempenham todas as suas atividades de forma presencial, com alto nível de exposição ao vírus. Em resposta ao Secretário, o Ministério da Justiça informou será feita a alteração da Portaria que reverterá à situação, colocando os Policiais em prioridade.
Para a presidente do Sinpol-TO, Suzi Francisca, a situação é inadmissível e destaca o papel do Sindicato na defesa dos seus filiados. “Repudiamos totalmente essa atitude descabida do Governo Federal, os Policiais estão trabalhando na linha de frente para continuar garantindo a segurança pública, expostos a um vírus que continua a tirar milhões de vidas, e são reconhecidos desta maneira? Nunca fomos tão desvalorizados! O Sinpol continuará acompanhando rigorosamente essa situação e não medirá esforços para garantir que os Policiais Civis do Tocantins tenham prioridade na imunização. Agradecemos aos líderes estaduais que em contrapartida reconhecem o absurdo que é essa decisão e estão intervindo em prol da categoria”, afirma Suzi.
Entenda
Na versão anterior do documento emitido pelo Governo Federal com as determinações do plano de imunização, os presos apareciam em 17ª posição na fila de prioridade, antes mesmos dos agentes que atuam no sistema carcerário (18ª) e das forças de segurança e salvamento (21ª).
A divulgação foi feita em janeiro, mas após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) foi decidida a enumeração ao lado dos grupos para facilitar a compreensão com relação às ordens de prioridade.