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Polí­tica

Foto: Chico Sisto

O Relatório de Prestação de Contas do 1º quadrimestre de 2021 sobre as Ações e os Serviços de Saúde da Gestão dos Programas do Sistema Único de Saúde (SUS) em Palmas foi apresentado em Audiência Pública realizada na Câmara Municipal nesta terça-feira, 25. Devido à pandemia, as ações relacionadas ao atendimento e controle ao Covid-19 tiveram destaque nos apontamentos realizados.

O secretário municipal de Saúde, Thiago Marconi, apresentou relatório de contas citando fontes de recursos, orçamento e despesas. “Nossas receitas no período do primeiro quadrimestre de 2021 foi de R$ 87 milhões, sendo R$ 40 milhões de origem Federal, R$ 43 milhões, municipal, e R$ 3 milhões, estadual. As despesas liquidadas somaram R$ 78 milhões, a maioria com recursos municipais”, destacou.

O cenário epidemiológico de Palmas foi apresentado pelo secretário Executivo de Saúde de Palmas, Daniel Borini, que destacou que, apesar de Palmas ser a sexta capital na incidência de casos de Covid-19, é a com menor taxa de letalidade e mortalidade. “A ocupação dos leitos de UTI, quando teve a primeira onda, foi no máximo de 82%. Já na segunda onda, vemos que foi muito mais forte e as pessoas que ficavam 20, 25 dias internados, passaram a ficar 35, 40 dias, então os leitos têm pouca rotatividade. Um dado que eu não gostaria de dar, mas é necessário: das pessoas internadas que são entubadas, 66% vêm a óbito, então a melhor medida de prevenção, é não pegar a doença”, ressaltou.

As capacitações e aperfeiçoamentos realizados pelos servidores da Saúde foram apresentados pela presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP), Martha Ramos, que afirmou que os profissionais da rede estão totalmente capacitados e habilitados para receber pacientes com suspeita de Covid e no seu tratamento desde a “paramentação e desparamentação, com uso de equipamentos de proteção individual, na parte atendimento de casos graves, com ensinamos de como lidar com pacientes com dificuldade respiratória, entubação, pronação e monitoramento”, disse.

 Após as explanações, as autoridades presentes usaram o espaço para realizar questionamentos, como quanto à velocidade da vacinação, o atendimento médico às pessoas com outras doenças, como tuberculose e hanseníase, por exemplo, as medidas de planejamento em caso de uma terceira onda de contaminação pela Covid-19, e as necessidades dos servidores da saúde que têm trabalhado exaustivamente na linha de frente contra a pandemia. Apresentaram estas perguntas: Tiago Vilela - promotor de justiça do Ministério Público Estadual, Ulisses Vasconcelos - presidente da Comissão de Saúde da OAB/TO, Antonio Saraiva - presidente do Conselho Municipal de Saúde, Severiano Aguiar - conselheiro corregedor do TCE/TO, Freddy Solorzano Alejandro – defensor público e a presidente da Casa - Professora Janad Valcari (Podemos).

Os vereadores também fizeram suas considerações e questionamentos, sendo eles: Rogerio Freitas (MDB), Moisemar Marinho (PDT), Laudecy Coimbra (SD), Folha (Patriota), Professora Iolanda Castro (Pros), Solange Duaillibe (PT), Jucelino Rodrigues (PSDB), Joatan de Jesus (Cidadania), Filipe Martins (PSDB), Rubens Uchôa (Cidadania) e Márcio Reis (PSL).

Ao final, os secretários Thiago Marconi e Daniel Borini responderam aos questionamentos e Janad Valcari fez suas considerações finais, encerrando a Audiência Pública. “Li este relatório e fiquei espantada em ver dados controversos sobre a rede de atendimento, as unidades sentinelas e até se auto-incriminando, denunciando que o combate a outras doenças está sendo deixado de lado e sendo subnotificadas. Infelizmente os gestores da Saúde deixaram os órgãos fiscalizadores de lado, não respondem meus questionamentos, junto com os vereadores, que já fizeram vários requerimentos, e ignoram o Conselho Municipal de Saúde. Como vereadora, vou continuar fiscalizando as ações da Saúde, pois esta é a função pela qual fui colocada aqui pelo povo palmanse”, concluiu. (Dicom CMP)