O viveiro de mudas nativas do bioma Cerrado localizado no município de Gurupi recebeu nessa quinta-feira, 29, a visita técnica do auditor do Banco Mundial, Jefferson Oliveira. O viveiro faz parte de ações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) em parceria com a Universidade Federal do Tocantins, de Gurupi e tem como finalidade usar as mudas na recuperação de nascentes e áreas degradadas.
Conforme a secretária de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Miyuki Hyasida, a visita técnica do auditor do Banco Mundial, significa que o Projeto em andamento está dentro dos critérios exigidos pelo Banco. “Esse viveiro tem capacidade para produzir 200 mil mudas de espécies nativas do Cerrado, que serão utilizadas para recuperação de nascentes ou áreas degradadas no Estado”, disse a gestora.
Segundo o diretor de Planejamento e Recursos Hídricos da (Semarh) Aldo Azevedo, a visita do representante do Banco Mundial, financiador do projeto, está dentro do cronograma de atividades exigidas pelo Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável (PDRIS).
“Esse ano o viveiro está produzindo 100 mil mudas de espécies nativas do Cerrado para recuperação de nascentes nos cinco Comitês de Bacias Hidrográficas, sendo para os Comitês do Rio Formoso, Manuel Alves da Natividade, Lago de Palmas, Rios Lontra e Corda, Santo Antônio e Santa Teresa. São mudas de 73 espécies, entre elas Baru, Sucupira, Copaíba, Aroeira, Cajuí, Landi, Cedro, Jatobá, Ipês amarelo, roxo e branco entre outras, explicou o diretor.
De acordo com a gerente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Semarh Cristiane Peres, o plantio das mudas será realizado com o apoio da Organização Não Governamental Americana 8 Billion Trees. As áreas para o plantio serão definidas pelos Comitês de Bacias Hidrográficas. Essa parceria entre a Semarh e 8 Billion Trees resultou nos últimos dois anos no plantio de cerca de 34 mil mudas em áreas degradadas do Tocantins, especificamente no Ribeirão Taquaruçu Grande e no Parque Estadual do Lajeado.
O recurso do Banco Mundial para a implantação do viveiro de mudas foi de R$ 280.000,00. Vale ressaltar que o projeto do viveiro possui tecnologia muito avançada, como por exemplo, o processo que começa numa máquina que mistura o substrato utilizado na fertilização das mudas. Depois outra máquina preenche os tubetes e, após a semeadura, as mudas são levadas para o berçário, onde ficam por três meses nesta primeira fase.
Operacionalização
Conforme o Termo de Parceria formalizado entre a Semarh e a Universidade Federal do Tocantins, campus da cidade de Gurupi, a operacionalização do viveiro será conduzida por técnicos da Universidade, vinculados ao Centro de Referência e Conservação da Natureza e Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD), situado no Campus/Gurupi.
Para o coordenador do Termo de Cooperação entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (Cemaf) da UFT, Marcos Giongo, entre os objetivos da parceria “está a produção de mudas, incluindo o desenvolvendo de pesquisas como a forma de plantio, o processo de germinação e quais os substratos podemos utilizar para a produção. O coordenador segue dizendo que posteriormente o propósito é desenvolver habilidades locais e também transferir esse conhecimento para outras instituições e para os produtores rurais. “Para que possamos realizar a recuperação de áreas degradadas no Tocantins”, Afirmou.