A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos se reuniu com as pastas Parcerias e Investimentos e Comunicação para apresentar o programa de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD+) que possibilita ao Tocantins acessar créditos milionários por meio da comercialização de créditos de carbono. O encontro aconteceu na segunda-feira, 20, na sala de reunião do Palácio Araguaia.
A apresentação foi conduzida pela diretora de Instrumentos e Gestão Ambiental, Marli Santos, acompanhada da secretária executiva da pasta, Karynne Sotero e da deputada Cláudia Lelis, ao secretário de Parcerias e Investimentos, José Humberto Pereira Muniz Filho e ao secretário executivo da Comunicação, Ismael Junior e técnicos do governo.
Na ocasião, a diretora de Instrumentos e Gestão Ambiental informou que o Tocantins poderá transacionar 122,5 milhões de toneladas de CO2, que poderá gerar no mínimo R$ 122,5 milhões de reais, em um leilão que está marcado para abril do próximo ano para comercializar créditos de carbono históricos, por meio da Biodiversity and Ecosystem Futures (BEF).
Marli Santos acrescentou ainda que o Tocantins ainda poderá captar mais o montante de R$ 4,6 bilhões oriundos da comercialização de crédito de carbono passados e futuros, mediante cumprimento de metas estabelecidas com organismos internacionais, principalmente, redução do desmatamento ilegal em 15%, entre os anos 2022 a 2026.
A diretora explicou a modelagem técnica e financeira do programa, reforçando a necessidade da construção do sistema estadual de salvaguardas estabelecidas na COP 16 em Cancún no México.
A secretária executiva reforçou a necessidade do apoio dos respectivos gestores já que o programa é importante em virtude dos volumes previstos para o Tocantins que podem ser replicados para atender diversas áreas. A deputada Claudia Lelis pediu uma força tarefa entre as instituições do governo “já que o tempo é curto e é preciso cumprir os prazos e metas estabelecidas no programa”.
Parcerias e Investimentos
Para o secretário José Humberto, as perspectivas em relação ao programa do REDD+ são muito positivas e o programa se encaixa na prática de parceria e governança da secretaria de Parceria e Investimentos. “Nós concebemos como um projeto que atende a parte ambiental, financeira e social do Estado”.
José Humberto se colocou à disposição para apoiar a diretriz jurídica e de governança do programa, reforçando que a secretaria gere os projetos estratégicos do estado, dando maior agilidade, governança e segurança jurídica.
O secretário executivo da Comunicação se colocou à disposição para trabalhar na elaboração e execução de plano de marketing para a divulgação do leilão que o Tocantins participará em abril deste ano.
“Apesar das nossas limitações financeiras, entendemos que esta é uma ação estratégica e emergencial e vamos fazer o que é possível para trabalharmos na divulgação desta ação”, ressaltou.
Reuniões
Esta foi a terceira reunião institucional promovida pela Semarh para falar sobre o Mercado de Carbono Florestal e as Perspectivas para o Tocantins. O primeiro encontro foi com os servidores da pasta. No último dia 9, o programa foi apresentado, virtualmente, para os gestores da: Secretaria da Administração (Secad), Casa Civil, Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), Corpo de Bombeiros, Instituto Natureza do Tocantins ( Naturatins), Controladoria-Geral do Estado (CGE) e Batalhão da Polícia Militar Ambiental. (Secom/TO)