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Estado

Foto: Flávio Cavalera

Foto: Flávio Cavalera

Com o intuito de buscar informações sobre os projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), representantes da aldeia Catämjê, o cacique Wagner Katamy Ribeiro da Silva Krahô-Kanela, e o vice-cacique Josiel Hujk Matos Gomes Krahô-Kanela, estiveram nessa terça-feira, 22, na sede da pasta, em visita à secretária executiva, Jocélia Costa, que na ocasião representou o titular da pasta, Hercy Filho, acompanhada do superintendente da Cultura, Relmivam Milhomem, e do representante da superintendência do Turismo, Marcos Miranda.

No encontro, Jocélia e o superintende Relmivam apresentaram alguns projetos que a secretaria desenvolve para o fomento cultural do Estado, a exemplo do Edital Dona Miúda, que está com inscrições abertas e tem como objetivo fomentar o reconhecimento e a valorização dos detentores dos conhecimentos e expressões culturais populares e tradicionais que, por seus saberes e pelas suas formas de expressão, preservam a história e a memória dos tocantinenses.

Na oportunidade, os indígenas também solicitaram informações sobre os projetos voltados ao turismo indígena. “A nossa aldeia tem um grande potencial para o desenvolvimento do turismo, e por esse motivo buscamos o apoio da Sectur para nos orientar e apoiar na estruturação dessa atividade, a fim de criar oportunidade de trabalho e renda para nossa comunidade”, disse Wagner Kanela, informando que a aldeia Catämjê fica localizada no município de Lagoa da Confusão, a 198 km de Palmas, e possui cerca de 60 pessoas.

“Criar oportunidades, valorizando e preservando a cultura dos povos indígenas, aliado ao turismo, é umas das determinações do governador Wanderlei Barbosa, por meio do secretário Hercy Filho”, disse Jocélia Costa, sinalizando que outros encontros serão realizados com os representantes indígenas para alinhar ações voltadas ao turismo e a Cultura para comunidade.

Krahô-Kanela

Os Krahô-Kanela descendem dos povos Timbira (tronco Macro-Jê) Krahô e Kanela. Os indígenas foram expulsos de suas terras originais no Maranhão por pecuaristas e migraram para a região da Mata Alagada, no município de Lagoa da Confusão, e foram novamente expulsos no final dos anos de 1970. A partir daí, espalharam-se entre a Ilha do Bananal e vários municípios.

Após uma extensa luta judicial, os Krahô-Kanela conseguiram a regularização da Terra Indígena, no início dos anos 2000, além do reconhecimento da Fundação Nacional do Índio (Funai) como etnia. Atualmente, são 130 indígenas, sendo que 60 deles vivem na aldeia Catämjê.