O candidato a governador Ronaldo Dimas (PL) alertou para uma nova situação de abuso de poder político que deve resultar em mais uma cassação no Tocantins. Em entrevista à TV Anhanguera, Dimas lembrou que o Estado ampliou, de novembro do ano passado a julho de 2022, a quantidade de funcionários não efetivos em mais de 9 mil, repetindo situações do passado que levaram à interrupção de mandatos.
“São mais de nove 9 mil servidores que foram contratados esse ano. Isso vai dar um impacto a mais na folha de pagamento de R$ 400 milhões. Essas pessoas claramente estão sendo utilizadas politicamente. Como que no ano passado não precisou? No final do ano, também não precisou e agora precisa? Até julho já foi gasto o orçamento todo previsto para contratações temporárias e mais R$ 70 milhões”, lamentou Dimas ao ver o uso da estrutura pública para campanha política.
Em outubro do ano passado, o Governo do Tocantins tinha 49.726 servidores, dos quais 22.093 (44%) eram não efetivos. Já em julho deste ano, o número de funcionários públicos chegou a 59.122, sendo 31.175 (53%) não permanentes. Assim, o Estado somou exatos 9.082 servidores não concursados em apenas oito meses. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência na parte de “Servidores”.
“Isso significa o quê? Abuso de poder político, econômico, utilização indevida da máquina pública e a gente já sabe onde isso vai dar. A gente já sabe. São quatro mandatos seguidos que a gente tem tampão aí por cassação, por renúncia, por afastamento e sempre fruto de atividades equivocadas como agora”, frisou o candidato.
Na entrevista, Dimas também falou de seus planos para a habitação, foi questionado sobre o trabalho exemplar de combate a pandemia feito pela Prefeitura de Araguaína durante a sua segunda gestão à frente da cidade, além de vários outros temas.
Visita a indústria
Pela manhã, Dimas se reuniu com quase uma centena de colaboradores e diretores da empresa Durax Pré-Moldados, indústria referência no segmento na Capital. No encontro, o candidato detalhou proposta para a habitação que beneficia 30 mil famílias, sendo 10 mil famílias em Palmas.
Para isso, a política habitacional será feita com três ações: programa de distribuição de casa para família de baixa renda; o retorno do programa Cheque-Moradia para quem tem a necessidade qualificar ou aumentar a sua residência; e, por fim, utilizar as áreas livres do estado na Capital para subsidiar um programa de habitação voltado para quem ganha mais de três salários-mínimos, mas não tem condições de financiar uma casa.
“Fizemos em Araguaína e vamos fazer aqui. O Estado dá o terreno e ajuda a família obter financiamento para a construção. Fica uma parcela bem baixa, pois o beneficiado não precisa pagar pela área”, frisou Dimas.