O ex-deputado federal Roberto Jefferson recebeu neste domingo, 23, policiais federais a tiros e granadas, deixando dois feridos. Tudo aconteceu no interior do Rio de Janeiro, quando agentes da PF cumpriam ação a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que o ex-parlamentar retorne à prisão por descumprimento de ordem judicial.
Em vídeos gravados dentro de sua casa, Jefferson mostra, por meio da câmera de segurança, a chegada dos policiais à entrada de seu terreno e diz que vai "enfrentá-los". Em um segundo vídeo, o político exibe a viatura da PF com o para-brisa baleado e diz que houve troca de tiros.
Segundo a Polícia Federal (PF), os dois agentes que se feriram passam bem, e a diligência ainda está em andamento. A PF, de acordo com apuração da imprensa nacional, determinará a prisão de Roberto Jefferson por dupla tentativa de homicídio.
Prisão Domiciliar
Roberto Jefferson deixou o regime fechado e cumpre prisão domiciliar desde janeiro, por questões de saúde. Ele é investigado em inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito.
O ex-deputado é proibido de usar as redes sociais, mas gravou nos últimos dias um vídeo atacando a ministra Cármem Lúcia, a comparando a prostitutas. O ataque ocorreu após Cármem Lúcia votar a favor de punir a emissora Jovem Pan em razão de declarações de comentaristas da emissora consideradas distorcidas ou ofensivas ao ex-presidente e candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A domiciliar de Roberto Jeferson foi, então, revogada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Jair Bolsonaro
Roberto Jefferson é aliado do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro. Por meio das redes sociais, o presidente informou que determinou a ida do Ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro, para acompanhar o andamento do que considerou um lamentável episódio. (Com informações da Agência Brasil)