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Estado

Foto: Divulgação

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Após precisarem sair de casa por causa da cheia do rio Formoso, agora os moradores da Aldeia Catàmjê, na Terra indígena Krahô-Kanela, em Lagoa da Confusão, estão passando por problemas no fornecimento de água potável. Um vídeo gravado pelos próprios indígenas mostra um dos moradores tirando lama de dentro de uma caixa d’água. “Lavando aqui a caixa... olha a situação... ave maria, tá suja! É barro puro”, reclama.

De acordo com o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), a aldeia tem um poço que foi perfurado pela Prefeitura de Lagoa da Confusão mas, por ficar muito próximo ao rio Formoso, a água do poço se torna imprópria para o consumo, devido à cheia do rio.

“A Sesai, através do Dsei Tocantins, é responsável pelo saneamento básico na aldeia. A responsabilidade de furar um poço é do Dsei Tocantins. Eles [indígenas] estão há quase dois anos nessa comunidade e o Dsei não conseguiu perfurar e eles estão bebendo essa água aí... muito difícil”, disse Eliane Franco, coordenadora do CIMI.

A aldeia tem 25 famílias. São cerca de 60 pessoas sem acesso à água potável. “Todo dia a gente faz esse processo para limpar a água”, diz Joel Krahô Kanela em um vídeo no qual mostra como eles fazem para impedir que a lama chegue às caixas d’água – os moradores desconectam a tubulação e deixam a maior parte do barro sair até obterem uma água menos suja. “A gente pede às autoridades para nos ajudarem aqui. Isso aqui adoece”, reivindicou Joel.

A reportagem aguarda resposta do Dsei Tocantins a respeito do problema na aldeia.