Dois indivíduos que estavam sendo investigados pelo crime de divulgar e compartilhar fotos e cenas íntimas de vítimas através da internet foram indiciados pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) por meio de procedimentos instaurados pela 3ª Delegacia de Atendimento à Mulher (3ª Deam) de Araguaína.
Em ambos os casos as investigações foram iniciadas depois que as vítimas, que eram companheiras dos suspeitos, procuraram a 3ª Deam e relataram os fatos.
“A primeira vítima nos procurou relatando que seu ex-companheiro havia colocado uma foto íntima sua como perfil em seu aparelho celular e espalhado para amigos e conhecidos, o que gerou grandes transtornos para a mulher”, disse a delegada Sarah Lilian. Assim, com o aprofundamento das investigações, o homem, de 26 anos, foi indiciado.
O segundo caso também foi concluído nesta semana com o indiciamento pelos mesmos crimes de ameaça e divulgação de fotos e cenas íntimas. “Este segundo caso é ainda mais grave, uma vez que o indivíduo manteve um relacionamento com a vítima e, sem seu consentimento, tirou fotos dela e também gravou cenas íntimas entre os dois. Após o rompimento do relacionamento, passou a divulgar as imagens e vídeos em grupos de aplicativo de conversas e também a divulgar pela internet após ter criado um perfil falso em uma rede social”, disse a autoridade policial.
Por meio da investigação, a delegada ressalta ainda que os autores foram devidamente identificados e que as vítimas solicitaram medidas protetivas de urgência em razão do intenso sofrimento psicológico e também vexatório a que estavam submetidas em virtude das ações dos autores.
Com a conclusão das investigações, os inquéritos foram remetidos ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para que sejam adotadas as medidas cabíveis.
A delegada Sarah Lilian faz um alerta a toda a população, sobretudo as mulheres, para ao menor sinal de que imagens íntimas estejam sendo compartilhadas sem a devida autorização procurar a Polícia Civil e fazer a denúncia para que a investigação seja realizada o mais rapidamente possível.
“A lei é muito clara ao estipular que a divulgação, compartilhamento de imagens íntimas sem autorização constitui crime e, portanto, as mulheres que forem vítimas precisam fazer a denúncia. É importante também que elas evitem compartilhar conteúdos íntimos ou mesmo manter armazenado em celulares ou computadores para que não sejam acessados por terceiros de má fé”, frisou a autoridade policial.
A delegada Ana Maria Varjal, também da DEAM, alerta que esse tipo de crime tem se intensificado nos últimos anos, mas que a Polícia Civil está atenta e adotando todas as medidas legais para identificar e responsabilizar os autores.
“Com o advento da internet e a extrema velocidade em que os conteúdos postados em redes sociais são viralizados, é extremamente importante que as mulheres se protejam e denunciem qualquer tipo de situação vexatória pela utilização de fotos e vídeos não autorizados, pois trata-se de um crime grave e que tem feito muitas vítimas em todo o País”, destacou. (SSP/TO)