promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A região do Jalapão, no Tocantins, além de atrair turistas do Brasil e do mundo em busca de aventuras em suas dunas, tem desenvolvido importantes experiências de agricultura familiar em comunidades quilombolas da região. Nestas comunidades que vivem da agricultura familiar o artesanato de capim dourado tem ocupado importante espaço. Enquanto os maridos cuidam da roça, as mulheres se dedicam à produção do artesanato feito a partir do capim.
"Também tem dia que os dois fazem as duas coisas", diz Darlene Francisca de Souza. Ela conta que a matéria prima das bolsas, cintos, potes, quadros e o que mais a imaginação permitir, é o capim dourado, planta existente naquela região e em mais alguns pontos pulverizados pelo estado. O capim dourado tem a cor do ouro, daí seu nome popular. Com suas hastes tem-se feito peças que tem conquistado consumidores e admiradores no Brasil e mundo.
Na tenda instalada na Feira Nacional, os preços das peças apresentadas pelos artesãos Tocantinenses variaram de R$ 5 a R$ 300, preço da mais cara bolsa. O artesanato, adquirido pelos turistas que vão ao Jalapão, é hoje uma importante fonte de renda das famílias. Segundo a presidente da Associação de Artesãs de Capim Dourado, Simone Aires, os quilombolas conseguem hoje um faturamento de R$ 10 mil por mês, que depois de distribuídos rendem R$ 200 por associado.
"Graças às máquinas que compramos e mudanças que fizemos em nossa roça, hoje conseguimos um dinheirinho bom no fim do ano", diz Darlene. Ela conta que hoje a renda mensal da família, que inclui o marido e mais quatro filhos, chega a R$ 600,00. Desse total, R$ 200 correspondem à venda dos produtos que produzem: laranja, mandioca, milho, "um queijinho", "uma rapadurinha". O restante vem do artesanato. "Quando a gente vai à feira ou vem muito turista, dá para fazer até uns R$ 700".
Da redação com informações Agência Brasil