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Estado

O Ministério Público Federal no Tocantins denunciou Hélio Araújo Barros, conhecido por Paul Tergat, Rodrigo Pereira Viana, conhecido por Negão do Taquari, Rafael Junio Lopes de Oliveira, Célio Araújo Barros e Francisca Adriana da Silva Madeira, pelo roubo à agência dos Correios localizada na avenida Teothônio Segurado, no dia 4 de outubro de 2007. Hélio está foragido, e os demais assaltantes estão recolhidos à Casa de Custódia de Palmas devido a outros crimes, com exceção de Francisca.

Durante o crime, Hélio invadiu a agência dos Correios com uma arma de fogo e roubou o total de R$ 6.611,35 além dos pertences pessoais de diversas vítimas. Hélio estava na companhia de uma mulher, e ambos usavam capacete, óculos de sol e luvas. Na tentativa de abrir o cofre programado, ele agrediu e ameaçou o gerente da agência por mais de uma hora com chutes, socos e coronhadas, que causaram um grave ferimento na cabeça, além de ameaçar outros funcionários encostando a arma na cabeça e ouvidos.

Diante da impossibilidade de abertura do cofre, Hélio obrigou uma servidora a abrir as gavetas dos caixas de onde foi retirado o dinheiro, enquanto sua comparsa permaneceu à porta da agência e rendeu cerca de 15 clientes que entraram durante o assalto, ameaçando-os com uma arma de fogo. Entre o roubo aos clientes, destacam as quantias de 600, 200 e 1200 reais. A ação durou mais de uma hora, tempo em que as pessoas foram mantidas como reféns, até os ladrões fugirem numa motocicleta que estava estacionada na porta da agência.

A denúncia ressalta a periculosidade de Hélio, que já foi condenado anteriormente e indiciado em diversos inquéritos policiais por crimes dessa natureza,além de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele foi reconhecido categoricamente pelas testemunhas em relação a três outros assaltos aos Correios no Tocantins.

Quadrilha armada

O líder da quadrilha era Rodrigo Viana, condenado e indiciado por diversos roubos a agências dos Correios entre 2005 e 2006, e que devido à possibilidade de ser reconhecido apenas coordenava as ações recentes. Nas ações, Hélio realizava os roubos e Rafael rendia os clientes junto com a mulher não identificada, além de Mazorane Costa Silva, morto no roubo à agência dos Correios de Miracema, quando foram presos Rodrigo e Hélio. Após serem postos em liberdade em 2007, Rodrigo e Hélio juntaram-se a Rafael Junio, à mulher não identificada, a Célio Araújo e a Francisca Adriana da Silva Madeira para praticar outros crimes.

Entre outubro e novembro de 2007, eles roubaram seis agências dos Correios no estado. A onda de crimes que só foi interrompida com a prisão em flagrante de Rodrigo e Rafael logo após o assalto à agência de Tocantínia. Célio e Francisca participaram diretamente dos assaltos, mas auxiliaram os outros. Francisca prestava auxílio material e fazia de sua casa abrigo a outros membros da quadrilha, enquanto Célio era responsável pelo aluguel dos veículos utilizados os assaltos.

Hélio encontra-se incurso por dezesseis vezes (número de vítimas do assalto à agência), nas penas do artigo 157, § 2º, I, II e V, do Código Penal, em concurso com o artigo 288, parágrafo único. Rodrigo Pereira Viana, Rafael Junio Lopes de Oliveira, Célio Araújo Barros e Francisca Adriana da Silva Madeira encontram-se incursos nas penas do art. 288, parágrafo único do CP.

Fonte: MPF-TO