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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Em breve pronunciamento durante a sessão ordinária da manhã desta quarta-feira, 13, na Assembleia Legislativa, o deputado Sargento Aragão (PPS) declarou que não pretende mais participar de sessões extraordinárias remuneradas da Casa.

A declaração partiu uma semana depois que o líder de governo, deputado Freire Junior (PSDB) declarou que também não o faria por motivações pessoais. Na ocasião, no último dia 15 de março, o deputado Freire Junior se recusou a assinar a presença na primeira sessão extra do dia. Contudo, marcou sua presença na segunda sessão para se justificar.

Aragão, assim como Freire, optou por deixar de participar das sessões extras regimentalmente remuneradas por entender que esta não seria atitude correta a se fazer. “Minha posição é de não participar mais das sessões extraordinárias remuneradas, para depois sermos pressionados pela justiça”, completou.

Decisão interna

Já o deputado Amélio Cayres (PR) defendeu que a decisão sobre as sessões extraordinárias remuneradas fossem tomadas em reuniões internas para que o assunto não ficasse exposto a mercê do que chamou de oportunistas. “Temos bons parlamentares, mas além disso, temos bons juristas. Nós temos muita polêmica, muita gente querendo aparecer”, completou.

O deputado ainda criticou a atitude da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins, que, na última semana, colocou em pauta de suas reuniões internas a legalidade na remuneração das sessões extraordinárias da Assembleia Legislativa. “Vemos uma interferência não aceitável da OAB. Nós somos maduros para discutir o assunto em reuniões internas”, disse.

Fogo amigo

O deputado Sandoval Cardoso (PMDB), aliado de Aragão na bancada de oposição da Casa de Leis, declarou que é favorável ao pagamento das extras e que receberia por quantas fossem oferecidas pela AL. “Se tiver 20 extras, eu recebo por todas”, completou.

O deputado ainda criticou a atitude dos parlamentares que questionaram o pagamento das sessões extraordinárias. Sandoval classificou como hipocrisia a atitude de negar a participação e o recebimento pelas extras. “É a maior demagogia o deputado falar que não quer receber”, frisou.

O peemedebista ainda frisou que, mesmo que as extras deixem de ser remuneradas, os parlamentares conseguiriam outras formas de gratificação por sessões extras. “Todos tem o direito de receber hora extra. Conosco não poderia ser diferente”, concluiu.

Entenda

De acordo com o regimento interno da Assembleia Legislativa, cada deputado tem o direito de receber cerca de R$ 668,00 por cada extra. Ao todo, cada deputado pode receber por até oito sessões extras ao mês, totalizando um entorno de R$ 5.344,00 para cada deputado.

Multiplicando este valor pelos 24 parlamentares tocantinenses da AL, chega-se ao valor totaldeaproximadamente R$ 128.200,00 por mês de pagamentos no orçamento da AL.