Uma polêmica paira em torno de um possível desmembramento da secretaria de Segurança Pública e Cidadania e Justiça. Os deputados discutiram em plenário essa questão fazendo defesa para que o governo do Estado desmembrasse as pastas no entanto o secretário de Segurança Pública, Justiça e Cidadania, João Costa Ribeiro Filho apresentou argumentos diferentes com relação ao assunto.
O deputado Sargento Aragão (PPS) informou à imprensa via assessoria que o líder do governo, José Bonifácio (PR) confirmou o desmembramento, no entanto, o secretário frisou que o governador Siqueira Campos (PSDB) ainda analisa a questão. “Estamos fazendo um estudo, o governador vai fazer um estudo sobre essa possibilidade de desmembramento mas não há ainda uma decisão específica”, disse ao Conexão Tocantins.
Além de Aragão, a deputada Josi Nunes (PMDB) também defende o desmembramento e chegou até a encaminhar requerimento para o governo com tal proposição. “Quem prende e investiga, não pode ressocializar”, chegou a afirmar o deputado defendendo a separação das pastas.
Argumentação
João Costa argumenta que mesmo com a recomendação de desmembramento por parte do Conselho Nacional de Polícia Criminal e Penitenciária a situação do Tocantins é uma particularidade. “Essa recomendação é antifa e é apenas uma sugestão”, disse.
Com o desmembramento o intuito é que a gestão dos presídios e Centros Sócio-Educativos fique sob responsabilidade da Cidadania e Justiça, só que o secretário é contra. “Sou contra. No Tocantins os presídios não podem ir para a cidadania”, frisou.
Segundo ele é preciso ver quais órgãos iriam par a nova secretaria no caso do desmembramento. “O Procon eu acredito que precisa ser desmembrado e os conselhos. Essa parte dos conselhos também poderia ser desmembrada”, afirmou.
“Esse caos nos presídios temos chances de resolver mais alguns meses, om minha equipe funciona muito bem administrando os presídios”, frisou. Outro argumento do secretário é que para conter as rebeliões um comando único através da Segurança Pública resolve mais rápido. Ele exemplificou como no caso da rebelião que aconteceu na semana passada na Casa de Prisão Provisória quando em 20 minutos os policiais conteram o início de rebelião.
João Costa salienta ainda que o Estado precisa de mais tempo também para a implantação das casas de albergue que estão sendo construídas. “É necessário fazer experiência por mais tempo além disso quando tem rebelião ou fuga quem recorre é a segurança pública”, pontuou frisando a necessidade de um comando único para a segurança públicae os presídios.