O Parlamento Tocantinense realizou uma sessão solene, na manhã desta quarta-feira, dia 25, para homenagear os 97 defensores públicos do Estado, pela passagem do Dia do Defensor Público, comemorado em 19 de maio. O evento foi proposto pelo deputado Raimundo Palito (PP).
Durante a solenidade, o presidente interino da Casa, deputado Eli Borges (PMDB), destacou o caráter nobre do trabalho desenvolvido pelos profissionais da Defensoria Pública que prestam serviço à parcela menos favorecida da sociedade tocantinense. “É muito nobre, muito bonito saber que cada um dos defensores atende, por dia, em média 20 pessoas que não têm condições de pagar pelos serviços de um advogado”, ressaltou.
Raimundo Palito destacou a importância da defensoria no fortalecimento da democracia. “São 97 guerreiros que contribuem para dignificar essa especialíssima profissão, que fortalece a democracia, pois tornam reais para todos os direitos previstos constitucionalmente”, enfatizou.
O deputado José Bonifácio (PR) fez questão de lembrar que a Defensoria Pública coloca o Tocantins em lugar de destaque nacional, uma vez que Estados antigos e tradicionais como o Maranhão e Santa Catarina não dispõem de instituição similar.
Já o deputado José Roberto Forzani (PT), ao parabenizar os defensores pela missão que cumprem diariamente, enfatizou o fato de, apesar de constituírem um pequeno grupo de profissionais, conseguem atender a um número significativo de pessoas.
Wanderlei Barbosa (PSB), Amália Santana (PT) e Osires Damaso (DEM) se comprometeram a trabalhar para melhorar o orçamento da instituição no próximo ano.
Ao parabenizar a Defensoria pelo “brilhante trabalho”, o deputado Sargento Aragão (PPS) ressaltou o esforço do ex-governador Marcelo Miranda e do deputado federal Júnior Coimbra (PMDB) na reativação da instituição.
O presidente da Associação dos Defensores Públicos, Murilo da Costa Machado, reivindicou a ampliação do órgão no Estado. Segundo ele, “mensalmente mais de 20 mil atendimentos são realizados por 97 defensores. Há 119 cargos criados, portanto, existem 22 vagas, que precisam ser providas com urgência”.
Já o defensor geral do Estado, Marcelo Tomaz de Sousa, comentou que a defensoria atenua a contradição na Justiça do País entre o que chamou de “forte aparato público de acusação”, formado por entidades como a polícia e o Ministério Público, e o “fraco aparato de defesa”, que ele apontou como uma justiça lenta e a defensoria insuficiente. Para Sousa, “ser defensor é ideal de vida, é uma vocação”, completou.
Também participaram da solenidade a subdefensora pública do Estado, Estelamaris Postal; o procurador-geral do Município, Antônio Luiz Coelho, representando o prefeito da Capital, Raul Filho; e o secretário de Comunicação do Estado, Arrhenius Naves.
Fonte: Dicom/AL