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Polí­tica

José Augusto acusou o governo de usar de maneira desnecessária e fraudulenta o poder público

José Augusto acusou o governo de usar de maneira desnecessária e fraudulenta o poder público Foto: Koró Rocha

Foto: Koró Rocha José Augusto acusou o governo de usar de maneira desnecessária e fraudulenta o poder público José Augusto acusou o governo de usar de maneira desnecessária e fraudulenta o poder público

Em pronunciamento à frente da tribuna da Assembleia Legislativa no final da tarde desta quarta-feira, 8, o deputado José Augusto Pugliesi (PMDB) prestou solidariedade ao deputado Stálin Bucar (PR) no caso da investigação da operação da Polícia Civil denominada “Inconfidente”.

Usando de palavras fortes, o peemedebista acusou o governo do Estado de “usar de maneira desnecessária e fraudulenta” o poder público para supostamente prejudicar a família do parlamentar do PR. Entre acusações e bravejos, o deputado questionou a atuação do delegado Adriano Carrasco, quando da acusação contra o filho de Stálin de participação no esquema fraudulento que acabou culminando na morte de um oficial de justiça em Miracema do Tocantins.

Durante suas falas, o deputado repercutiu a acusação de Stálin de que Carrasco não havia cumprido todos os requisitos de aprovação no concurso público constantes no edital da época. “Este delegado calça curta não conseguiu passar no concurso está agindo de maneira errada no caso. Pessoas que passaram no concurso deixaram de assumir a vaga para que esses dois delegados fossem nomeados”, exclamou.

Ao final do discurso, Pugliesi ainda sugeriu a convocação do secretário estadual de Segurança, Justiça e Cidadania, João Costa Ribeiro Filho, para prestar esclarecimentos sobre o caso e, caso comprovadas as irregularidades, a punição dos culpados. “Fica aqui o registro do pedido de impeachment ou demissão dos responsáveis”, completou.

O deputado teve o apoio dos seus colegas, Sargento Aragão (PPS) e Wanderlei Barbosa (PSB), que também solicitaram a convocação de João Costa para prestar esclarecimentos na Assembleia.

De acordo com Aragão, caso comprovadas as denúncias de que aprovados no concurso deixaram de tomar posse para que os delegados envolvidos nas investigações tomassem posse, é inevitável que o secretário seja afastado de suas funções. “Precisamos juntar as provas materiais (...). Depois disso, não tem discussão. É afastamento do secretário”, completou.

Nomeação de Nolasco

Já o deputado Wanderlei Barbosa lembrou do caso da nomeação do então procurador geral do Estado, Rodrigo Nolasco, que, depois de ação do ex-governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) foi afastado de suas funções. Na ocasião, a ação contra Nolasco foi por conta de sua pouca idade para assumir o cargo. “Essa não é a primeira vez que isso acontece nesse governo. Ele (Nolasco) não poderia assumir, mas assumiu. E nós permitimos”, disse.

Durante as falas os deputados disseram que pretendem encaminhar requerimento solicitando que o secretário da Segurança venha à Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre a legalidade na nomeação dos delegados que presidem a operação “Inconfidente”.