O circuito da folia em Palmas, na Avenida Teotônio Segurado, próximo a Feira do Bosque, foi marcado pela boa estrutura, boas bandas, mas infelizmente poucos foliões apareceram na avenida. A expectativa dos organizadores era de que cerca de 10 mil pessoas, por noite, curtissem o carnaval Palmas Folia 2012, “Venha curtir com alegria, mas fique longe das drogas”.
Segundo Rogério Ribeiro, presidente da Comunidade Carnavalesca de Palmas (Cocar), muitos foliões acabaram indo para cidades do interior. “Além do pouco recurso, pouco público, a falta de apoio da maioria dos políticos tocantinense e do poder público, conseguiram esvaziar a capital palmense”, diz Ribeiro.
Homenagem aos quilombos
O carnaval de Palmas também foi marcado pela apresentação de um pouco da cultura quilombola do Estado. Dez quilombolas das comunidades de Cocalinho e Dona Jucelina, representaram as 27 comunidades reconhecidas do Tocantins. Com o samba enredo “Sou quilombola sou guerreiro”, a apresentação da Cocar, no segundo dia da festa, homenageou os quilombos do Tocantins. “É um privilégio para a Cocar levar um pouco de nossa cultura, com essa energia maravilhosa, para a plateia que veio assistir o desfile”, disse Ribeiro.
Recursos
A Cocar foi contemplada com R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), através de edital da Fundação Cultural de Palmas (FCP), para realizar o Carnaval Palmas Folia 2012, porém até o momento o recurso não foi repassado, segundo os organizadores da festa. Para realizar a festa do Momo, a entidade recebeu apoio de vários parceiros.
Recursos no MinC
O presidente da Cocar, Rogério Ribeiro, informou que a entidade vai elaborar projetos, que serão encaminhados ao ministérios da Cultura e do Turismo para o carnaval 2013, “ Vamos agendar duas audiências em Brasília, no Ministério da Cultura e do Turismo, com o objetivo de conhecer todos os trâmites para captação de recursos e de convênios. Temos condições e capacidade de realizar um carnaval de qualidade na capital, com aprovação dos projetos e dos convênios. A Cocar não quer que a Prefeitura Municipal e o Estado arquem com o carnaval de Palmas, o que queremos é verdadeiras parcerias”, diz Rogério Ribeiro.
Segundo o carnavalesco, a Cocar e os adeptos do carnaval palmense vêm sofrendo com a falta de recursos, a falta de compromisso de vários políticos do Estado e do poder público. “Queremos respeito com os carnavalescos, com a comunidade de Palmas e verdadeiras parcerias” desabafou Ribeiro.
