A provocação do secretário de Assuntos Jurídicos de Palmas, José Roberto Torres Gomes aos vereadores da capital durante sessão desta quarta-feira, 20, para abertura de uma CPI para apurar irregularidades na Procuradoria Geral do Município na gestão passada, gerou polêmica e teve reação do ex-procurador Geral Antônio Coelho que afirmou que as insinuações por parte de Gomes têm caráter leviano. Em entrevista ao Conexão Tocantins nesta quinta-feira, 20, o secretário argumentou que sua sugestão foi com base em irregularidades apontadas em auditoria do Tribunal de Contas do Estado e também em fase de apuração no Ministério Público Estadual.
O primeiro ponto que Coelho questionou é que, segundo ele, o secretário teve acesso e oportunidade para fazer denúncias contra o órgão antes mesmo do atual prefeito Carlos Amastha (PP) assumir. Porém Gomes nega que tenha participado da comissão de transição que foi formada ano passado após a eleição municipal. “Primeiramente nunca fui membro da comissão”, retrucou citando que esteve com alguns procuradores da PGM e com Coelho à convite.
Antônio Luiz Coelho além de classificar como levianas as declarações de Gomes, que chegou a dizer que milhões foram desviados por causa de falhas no trabalho da procuradoria, desafiou o secretário a provar as irregularidades. “As falhas da procuradoria são muitas e não sou eu que estou dizendo isso, há o relatório da auditoria do TCE e as ações do MPE. Ele vestiu uma carapuça que não foi lhe dada”, explicou José Gomes.
O secretário contou também que uma das primeiras medidas quando assumiu a pasta foi solicitar que a Secretaria de Transparência e Controle fizesse uma auditoria no órgão. O pedido ainda não foi atendido por que a pasta solicitada ainda está em fase de estruturação.
Gomes confirmou ao Conexão Tocantins que a iniciativa de pedir a abertura da CPI foi exclusivamente sua e que não houve orientação do prefeito para tal ação. “A CPI é mais um canal de investigação. O prefeito não teve intervenção nisso”, afirmou citando que tem total autonomia para tomar decisões referentes à sua pasta. O secretário pontuou ainda que espera que a CPI seja aberta. “Tem muita coisa que vai aparecer”, cogitou.