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Campo

Foto: Divulgação

No inicio da noite desta quarta-feira, 17, integrantes do MST realizaram trancamento da rodovia TO-050, entre os municípios de Porto Nacional e Palmas. O ato contou com mais 150 famílias militantes. As ações fazem parte da Jornada de Lutas do MST, realizada em memória aos 21 camponeses assassinados no massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996.

O MST exige o julgamento e prisão dos responsáveis pelas mortes e o fim da violência contra os trabalhadores rurais; além disso, o movimento pauta a Reforma Agrária, que se encontra paralisada e exige a criação de um plano emergencial de reforma agrária para o assentamento das mais de 150 mil famílias acampadas no país.

No Tocantins os movimentos sociais MST e MAB conta com 800 famílias acampadas em três acampamentos, e exige a desapropriação de terras para o assentamento destas famílias. Além disso, o MST cobra assistência técnica para os assentados e melhoras na infraestrutura das áreas de assentamentos e reassentamentos.

Acampamento Sebastião Bezerra

Cerca de 300 famílias do MST e MAB ocuparam a fazenda Dom Augusto, no quilômetro 25 da TO-050, no dia 20 de abril de 2011. O proprietário da fazenda é Alcides Rabeschini, que, conforme denúncias, não tem toda a documentação da área, dos 3 mil hectares da terra, apenas 1.200 seriam titulados.

Ele também está na lista suja do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por prática de trabalho escravo, em 2005 100 trabalhadores foram encontrados na propriedade. Após a ação de reintegração de posse ocorrida dia 22 de abril de 2011 os movimentos acamparam provisoriamente às margens da TO- 050, próximo ao córrego Chupé.

Em seguida, após três dias acampados no referido local, todos acampados juntamente com outras famílias acampadas dos movimentos sociais MST e MAB instaladas em outra localidades do estado do Tocantins (São Salvador, Buriti do Tocantins, Augustinópolis e muricilândia) desmontaram acampamento no dia 26 de abril de 2011 saíram em marcha para Palmas-TO com objetivo de ocupar o prédio da Superintendência do INCRA onde depois da desocupação instalou um acampamento nas imediações da sede do INCRA onde permaneceram 17 dias acampados.

Após esta etapa de luta, no dia 13 de maio de 2011, os acampados se deslocaram para as margens da rodovia TO-050, próximo ao córrego Chupé, situado entre Palmas e Porto Nacional denominado de acampamento Sebastião Bezerra.