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Economia

Foto: Divulgação

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Com parte do crédito já recuperado, o Banco do Povo deve retomar a realização de empréstimos. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Emprego, Luiz Carlos Borges da Silveira, foi encaminhada ao Grupo Gestor a proposta de Projeto de Lei, que faz a alteração da Lei nº 1.367, para impor maior rigor na análise, concessão, acompanhamento e cobranças de crédito. A realização dos empréstimos deverá ser feita depois da aprovação da Lei.

De acordo com Borges da Silveira, a gestão anterior deixou em caixa o valor de R$ 90 mil, mas até o momento só aproximadamente 15% dos devedores já efetuaram o pagamento, o que totaliza R$ 600 mil. “O total da dívida é de aproximadamente R$ 3 milhões e temos hoje em caixa quase R$ 600 mil”, explicou o secretário. Também está previsto o atendimento para moradores da zona rural e que fazem parte da agricultura familiar.

Entre as mudanças propostas na lei, está a redução do juro 1% para 0,8% para os credores que pagarem até a data do vencimento; e o aumento dos juros para os devedores que atrasarem, que passa de 0,5% para 1,5%. “Com o aumento dos juros não estaríamos mais incentivando o atraso, pois muitos se acomodam pelo juro ser de apenas 0,5%, de maneira que aumenta a inadimplência”, ressaltou.

Das providências apresentadas ainda, Borges da Silveira destacou a cobrança diária dos contratos vencidos, com o mínimo diário de 40 devedores, e foi encaminhada também ao Grupo Gestor a terceirização dos serviços de cobrança.

Levantamento

Ainda de acordo com Borges da Silveira, foi feito um levantamento para identificar as principais causas da alta inadimplência, que apontou a falta de fiscalização nos contratos.

“Os indicadores dos motivos são juros de renegociação menor que os juros de contratação, falta de acompanhamento e cobrança, empréstimos a pessoas sem o perfil regulamentar, falta de integração da cadeia de valor e não transferência para à dívida ativa e, ainda, a não negativação no Serasa”, explicou o secretário.

O Banco do Povo possui 1.402 contratos vigentes, sendo que 939 já estão vencidos, 213 contratos foram encaminhados à dívida ativa e estão pendentes de encaminhamento outros 585.