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Estado

Foto: Divulgação

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Através de incentivo às políticas públicas federais e, pelo reconhecimento das comunidades quilombolas, o Governo do Estado vem fomentando discussões e fortalecendo iniciativas igualitárias voltadas ao público afrodescendente do Tocantins. A partir deste sábado, 22, iniciam as atividades referentes à 3ª Conferência Estadual de Igualdade Racial, que neste ano será dividida em três etapas regionais fixadas em municípios-polo de discussões.

 De acordo com o assessor de Afrodescendência da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), André Luiz Gomes da Silva, nesta primeira etapa, realizada no município de Paranã, serão atendidas comunidades de 23 cidades da região sudeste do Estado. “Nossa metodologia será a realização de palestra magna no evento e, posteriormente, a formação de grupos de trabalho para a formalização de propostas a serem debatidas em plenária”, explicou.

 Todas as propostas levantadas durante os encontros regionais serão levadas para a Conferência Estadual, prevista para os dias 23 e 24 de agosto, em Palmas.

 Políticas públicas

O Governo do Estado, conforme o coordenador da Seds, vem evoluindo nas ações de implementação e visibilidade das políticas nacionais voltadas aos afrodescendentes. “Nós somos um Estado novo e ainda temos um caminho pela frente, mas estamos evoluindo”, completou.

 André Luiz explicou que esta evolução na implementação das políticas voltadas à igualdade racial não seria possível sem a certificação das comunidades quilombolas do Tocantins. “Hoje nós temos 27 comunidades reconhecidas pelo Governo. Após esta certificação vem sendo discutidas ações de saúde, educação, moradia e cidadania a essas pessoas”, frisou.

 Muito além de implementação de políticas públicas, o coordenador da Seds frisou que a certificação das comunidades quilombolas do Tocantins gerou um reconhecimento há muito buscado pelas pessoas que nelas vivem. “Com a certificação, a gente faz reconhecer aquelas comunidades que até então não se ouvia falar”, completou. De acordo com o Censo de 2010, pelo menos 74% da população do Estado se considera negra, ou parda, o que aumenta a necessidade de se olhar com cuidado para estas comunidades.

 Avanços

Para o secretário de Promoção da Igualdade Racial de Paranã, Enedino Benevides Neto, as discussões sobre as comunidades quilombolas estão evoluindo em ações como o encontro que será realizado no município. “Ainda temos muito a ser feito, mas dentro daquilo que eu conheço, acredito que estamos avançando e o Governo tem se mostrado sensível a esta causa de igualdade racial”, frisou.

 Para ele, a etapa da conferência realizada na região será uma grande oportunidade de fortalecer as ações positivas a serem tomadas com relação a estas comunidades tão importantes e há muito esquecidas. “Acho essas ações maravilhosas para esse povo. O que vamos fazer é discutir com as comunidades que mais necessitam disso que são os quilombolas. É algo muito proveitoso, que é o fortalecimento de políticas públicas para essas comunidades”, complementou.