Um grupo de estudantes do Instituto Federal de educação Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO) manifestou na manhã desta terça-feira, 6, na Câmara Municipal de Palmas, seu descontentamento com a questão do transporte coletivo em Palmas, com foco na questão do passe livre; na exploração da concessão dos pontos de ônibus e relacionou estes assuntos à família Abreu. Eles interromperam a sessão no momento em que o vereador Iratã Abreu (PSD-TO) iria iniciar o seu pronunciamento.
O vereador Iratã Abreu afirmou que a manifestação deles era legítima e informou que ele, Iratã, sempre foi um defensor de um transporte coletivo público de qualidade, tendo apresentado em plenário requerimento para que a Prefeitura de Palmas adote o passe livre para estudantes da Capital e crie um Fundo Municipal para subsidiá-lo.
O vereador informou aos estudantes que tramita na Casa um projeto de lei de sua autoria, que propõe que seja implantando nos pontos de ônibus informações sobre os itinerários. “Sou um defensor do passe livre e entendo que cabe ao poder público subsidiá-lo”, disse Iratã para logo depois reapresentar seu requerimento sobre o assunto e solicitar de todos os vereadores que assinem conjuntamente com ele.
Em relação à concessão pública da empresa de seu irmão, deputado federal Irajá Abreu, Iratã deixou claro que não é porque a empresa é de um membro de sua família que ele vai se omitir. “Se tiver alguma coisa errada, a Prefeitura que aponte e tome as providências cabíveis”, afirmou o vereador ao ressaltar que o município tem dar o mesmo tratamento para todas as empresas.
Reunião
Em deferência aos alunos, o presidente em exercício da Câmara, vereador Emerson Coimbra (PMDB), deu uma pausa de 10 minutos para que os vereadores pudessem ouvir as demandas dos estudantes na Sala de Reunião. O líder dos alunos e diretor da União Nacional dos Estudantes, Igor Costa, apesar de não ter apresentado nenhuma proposta por escrito, afirmou aos vereadores que desde 2009 os estudantes lutam pelo passe livre e que eles têm pronta uma pauta de reivindicações sobre o transporte coletivo da Capital.
Durante a reunião, fico acertado que os alunos protocolarão um documento com as reivindicações na Casa e que, tão logo o Conselho Municipal de Trânsito retome seus trabalhos, serão realizadas audiências públicas para discutir o assunto.