A Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), por meio da Diretoria de Agroenergia, e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) iniciaram na manhã desta sexta-feira, dia 25, pesquisa de campo para experimento do capim elefante para produção de energia renovável. A pesquisa foi instalada no Centro Agrotecnológico de Palmas, zona rural da capital.
Segundo o engenheiro agrônomo da Seagro, Antônio Cassio Oliveira Filho, o experimento inicial pretende validar duas variedades do capim elefante. “Estamos iniciando o plantio da BRS canará e Cameron Piracicaba, ambas lançadas pela Embrapa. A intenção é multiplicar o material genético cedido pela Embrapa unidade Gado de Leite, para posteriormente implantarmos unidades experimentais em diferentes regiões do Estado”, argumentou.
Cassio explica ainda que por ser uma espécie de alta produção de biomassa vegetal, o capim elefante apresenta grande potencial para uso como fonte alternativa de energia. “Ele tem boas características para queima energética, podendo substituir fontes não renováveis na geração de energia, nos fornos das indústrias ceramistas e secadores de grãos, entre outros”, complementou.
No experimento serão avaliados diversos aspectos direcionados a adaptação do capim ao clima e solo tocantinense como: ciclo de crescimento, produtividade, manejo e uso da tecnologia aplicada para a produção da biomassa renovável. Os técnicos da Seagro e Embrapa irão monitorando a pesquisa em sua fase agronômica, ou seja, no processo produtivo do capim elefante.
Capacidade produtiva
O Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo afirma que para produzir celulose e carvão vegetal o eucalipto fornece 7,5 toneladas de biomassa seca por hectare ao ano, em média. Nas melhores condições, pode-se chegar até 20 toneladas. Já o capim elefante alcança de 30 a 40 toneladas por hectare/ano. (Ascom/Seagro)