A equipe técnica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (Seder) reuniu-se neste Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação para uma reunião temática sobre o assunto onde foram abordados ações, projetos e programas da Pasta diretamente ligadas a essa causa.
A engenheira Agrícola, Amanda Oliveira, preparou uma palestra em que apontava as principais causas da desertificação, soluções possíveis, o que já foi feito pela Seder para conter os impactos ambientais e sociais da seca na zona rural de Palmas e sugestões que podem melhorar ainda mais os programas já implementados. “Um dos nossos projetos mais positivos no combate à seca foi a abertura de barraginhas e cacimbas em locais com histórico de seca severa em anos anteriores. Estes reservatórios de água servirão para consumo humano e principalmente dos animais”, explica a técnica da Seder.
Ainda de acordo com Amanda Oliveira outra ação de impacto é a destinação de galhadas e gramas para o Núcleo de Compostagem onde são transformadas em adubo orgânico e são doados para horticultores da Capital. “Essas toneladas de lixo orgânico além de ocupar muito espaço no Aterro Sanitário poderiam vir a ser queimadas lançando gases tóxicos no ar que contribuem para o efeito estufa alterando o clima e o regime de chuvas, e, consequentemente, a seca e a desertificação”, enfatiza a engenheira agrícola.
Outras ações estão sendo estudadas pela Seder para fortalecer o combate à seca e à desertificação nas regiões rurais de Palmas. Após a reunião temática a equipe da Seder fez uma foto em frente à sede física da Pasta.
Saiba mais
De acordo com o Centro de Informações das Nações Unidas, Unirc, a desertificação e a degradação dos solos afetam um terço da superfície da Terra, ameaçando os meios de vida, o bem-estar e o desenvolvimento de milhões de seres humanos. Confrontados com longos períodos de seca, fome e pobreza crescente, muitos deles não têm outra alternativa senão fugir da sua terra. Estima-se que 24 milhões de pessoas tenham migrado devido a problemas ambientais. Esse número poderia atingir 200 milhões até 2050.
Este ano, a celebração do Dia Mundial de Luta contra a Desertificação e a Seca salienta a ameaça crescente que a desertificação e a seca representam para a estabilidade nacional e internacional. Quase um terço das terras cultivadas se tornou improdutivo, nos últimos 40 anos. As alterações climáticas contribuíram para essa situação, mas são apenas um dos fatores.
Para a Unirc, é premente a necessidade de a população reconhecer os riscos que advêm de permitir que a desertificação avance. É preciso lutar contra as alterações climáticas e assim contribuir para inverter a desertificação, aumentar a produtividade agrícola, atenuar a pobreza e reforçar a segurança a nível mundial. (Secom Palmas)