As mudanças no estacionamento rotativo repercutiram politicamente nesta quarta-feira, 29. O deputado Wanderlei Barbosa (SD) afirmou que o projeto deve ser aprimorado para não prejudicar os comerciantes. “Não podemos aceitar as coisas com estão, de goela abaixo”, disse. Segundo ele a prefeitura apenas fez as “faixinhas com a numeração e começou a cobrar”, disse. Ele citou que comerciantes chegaram a pagar a taxa para não perder alguns clientes.
Segundo o deputado as mudanças feitas pela prefeitura não estão a contento da população.O deputado disse que o prefeito é proprietário de um Shopping em Palmas e que lá o tempo de tolerância é de 15 minutos. “Na JK você paga estacionamento toda hora, foi um projeto implantado de maneira capenga pensando apenas em arrecadar e aumentar o preço desta cidade”, disse.
Para Wanderlei o prefeito está pensando apenas no comercial: “ mas comercial apenas para ele”, completou. O deputado já apresentou um pedido de audiência pública sobre o estacionamento rotativo e pediu que os deputados que representam Palmas para ouvir as reclamações dos comerciantes e ouvi-los.
O deputado Eli Borges também se solidarizou com o setor comercial de Palmas. "Querem transformar Palmas em um shopping", disse. O parlamentar falou do impacto nas lojas e criticou a falta de tolerância. "Porque tanta sede de arrecadar? Cadê o tempo de tolerância para o cidadão?", disse.
Após a mudança os representantes dos comerciantes da Avenida JK foram ouvidos pelo Conexão Tocantins. Assim que terminou a manifestação que aconteceu na manhã de hoje o representante Ronaldo Madeiras afirmou que as mudanças propostas não atendem o que eles querem. “Não atende nada das nossas expectativas, simplesmente fracionaram o tempo”, disse.
Os manifestantes do Movimento JK afirmam que vão encaminhar ainda nesta quarta-feira um ofício para o prefeito Carlos Amastha informando a insatisfação com as mudanças anunciadas. “Queremos tolerância de 30 minutos e não fracionar o tempo pra 15 e a taxa também não diminuiu”, disse.
Polêmica
A manifestação reascendeu a polêmica sobre o estacionamento rotativo. O deputado federal Carlos Gaguim (PMDB) e ainda o PV, comandado pelo ex-deputado Marcelo Lelis encaminharam nota onde manifestaram apoio aos comerciantes. Ambos afirmam que o estacionamento estaria inviabilizando os negócios na maior avenida da cidade.
O presidente da Câmara de Palmas, Rogério Freitas foi quem anunciou em primeira mão ao Conexão Tocantins que as alterações serão feitas. O prefeito Carlos Amastha se reuniu com os representantes da Empresa Infosolo e cobrou melhorias no sistema. “É importante que haja esse diálogo e que juntos encontremos soluções que beneficiem à população palmense”, enfatizou o gestor sobre o assunto.
Reivindicações e mudanças
Os manifestantes querem tolerância de 30 minutos para a cobrança mínima, que o valor por hora caia de dois para um real além da liberação de cobrança aos sábados. Os comerciantes pedem ainda a liberação de cobrança para veículos de carga e descarga além de idosos e deficientes e o uso dos minutos em outras vagas. Os reivindicantes sugerem ainda a cobrança somente das 10 às 16 horas.
Já as mudanças anunciadas pela prefeitura foram a isenção de cobrança de tarifa aos sábados por 120 dias. Ainda no mesmo prazo, a empresa deve acrescentar totens (parquímetros) que permitirão o pagamento com cédulas, moedas ou cartões de débito e crédito.
Serão disponibilizados até junho, segundo informou a prefeitura, vendas em pontos credenciados que substituirá o pagamento em espécie aos agentes de estacionamento. Ainda está previsto um bônus de duas horas para todos os usuários e novos cadastrados via Smartphone e a isenção de cobrança nas vagas de carga e descarga pelo período de duas horas.
Manifestação
Dois grupos de manifestantes se revezaram nas duas entradas de acesso à Avenida JK e houve início de tumulto com a manifestação. Carros da guarda metropolitana chegaram ao local e tiraram as faixas que estavam nos canteiros da Avenida o que provocou a reação de manifestantes. Com o início de tumulto e muita discussão as faixas foram retiradas da caminhonete pelos próprios manifestantes e recoladas.